O antigo presidente dos Estados Unidos Barack Obama rejeitou a possibilidade de vir a integrar a administração do presidente eleito Joe Biden, segundo declarações ao programa “60 Minutes” da CBS. Obama acredita que Biden não precisa dele para conselheiro, mas aquele foi o 44.º presidente dos EUA mostrou-se disponível para “ajudá-lo da maneira que puder”.
“Vou ajudá-lo da maneira que puder. Agora, não planeio trabalhar de repente na equipa da Casa Branca ou algo assim”, afirmou Obama, em entrevista à estação televisiva norte-americana. A entrevista foi transmitida no domingo.
“Há coisas que não faria, porque a Michelle me deixaria. Sim, ela diria ‘O quê? Vais fazer o quê?’”, acrescentou o antigo presidente em tom de brincadeira.
Mas, de forma mais séria, Obama explicou que Joe Biden, que foi vice-presidente da sua administração entre 2009 e 2017, “não precisa” dos seus conselhos.
A entrevista da CBS a Obama surge numa altura em que Biden já foi considerado o vencedor das eleições presidenciais de 3 de novembro, embora o presidente cessante, Donald Trump, insista em não reconhecer a derrota eleitoral afirmando que houve fraude na contagem dos votos.
Sobre a situação atual, Obama lamentou o papel desempenhado pelo Partido Republicano, no que respeita à transição de administrações. O antigo chefe de Estado norte-americano admite que o país está “profundamente dividido” e criticou o facto de alguns republicanos não questionarem as denúncias sem provas de Trump. “Foi dececionante, mas foi algo normal nestes últimos quatro anos”, disse.
“Obviamente, não pensam que houve fraude, porque não falaram nada durante os primeiros dois dias, mas há um prejuízo nisso”. Segundo Barack Obama, “a transição pacífica do poder, a noção de que qualquer eleito para um cargo, seja um salvador de cães ou um presidente, serve o povo […] é um trabalho temporário”.
“Joe Biden será o próximo Presidente dos Estados Unidos da América, Kamala Harris será a próxima vice-presidente”, frisou.
Na sua conta Twitter, Donald Trump já admitiu que Biden venceu a corrida eleitoral. Contudo, insistiu que houve mesmo fraude. A rede social rotulou a publicação como: “Esta afirmação sobre fraude nas eleições é polémica”.
“Ganhou porque as eleições foram manipuladas. Não foram autorizados observadores dos votos, os votos foram contados por uma empresa privada da esquerda radical, Dominion, que tem má reputação e uma equipa enganadora que nem sequer preencheu os requisitos para operar no Texas (onde ganhei por larga vantagem), e os órgãos de comunicação falsos e calados, e muito mais!”, lê-se.
He won because the Election was Rigged. NO VOTE WATCHERS OR OBSERVERS allowed, vote tabulated by a Radical Left privately owned company, Dominion, with a bad reputation & bum equipment that couldn’t even qualify for Texas (which I won by a lot!), the Fake & Silent Media, & more! https://t.co/Exb3C1mAPg
— Donald J. Trump (@realDonaldTrump) November 15, 2020
Horas depois, numa outra publicação, Trump voltou a escrever que ganhou a eleição presidencial.
I WON THE ELECTION!
— Donald J. Trump (@realDonaldTrump) November 16, 2020
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