Bolsa de Lisboa fecha com ganhos superiores às principais bolsas da Europa

O PSI-20 liderou os ganhos na Europa, ao disparar 2,2% para 5.282 pontos, impulsionado pela forte valorização de EDP Renováveis (+7,28% para 25,80 euros) e com Altri (+2,88% para 5,54 euros), Navigator (+3,07% para 2,62 euros), Mota-Engil (+3,83% para 1,520) e BCP (+2,10% para 0,1457 euros).

Nas quedas destacou-se a Corticeira Amorim que perdeu -0,87% para 11,38 euros.

“Os mercados de ações europeus registaram um dia de ganhos, com os investidores a reagirem positivamente à votação na Georgia, que deu o controlo do Senado norte-americano aos Democratas, criando assim o controlo nas três frentes, a designada Blue Wave, o que sustenta as intenções políticas de Joe Biden”, refere o analista do Millennium bcp, Ramiro Loureiro. “A sustentar o sentimento estiveram ainda alguns indicadores macroeconómicos, como a revelação de que a atividade nos serviços dos EUA registou uma aceleração surpreendente do ritmo de expansão em dezembro e de que a confiança dos consumidores na Zona Euro aumentou no último mês de 2020” acrescenta o mesmo analista.

O EuroStoxx 50 avançou 0,31% para 3.622,4 pontos; o CAC ganhou 0,70% para 5.669,85 pontos; o FTSE subiu 0,22% para 6.856,96 pontos; o DAX fechou em alta de 0,55% para 13.968,2 pontos e o IBEX subiu 0,43% para 8.385,8 pontos.

A nível macroeconómico as vendas a retalho recuam na Europa em novembro com medida de confinamento, segundo o Eurostat.

As vendas no comércio de retalho na Europa sofreram de outubro para novembro uma quebra, devido a novas medidas de confinamento adotadas em vários Estados-membros da União Europeia (UE) por causa da pandemia da covid-19, avança o Eurostat.

De acordo com o gabinete estatístico da UE, na zona euro o volume de vendas no comércio de retalho recuou 6,1% face a outubro e 2,9% na comparação com novembro de 2019.

No conjunto dos 27 Estados-membros, o indicador caiu 5,0% na variação em cadeia e 1,4% na homóloga.

Em novembro, face ao mês anterior, as maiores quebras foram registadas em França (-18,0%), Bélgica (-15,9%) e na Áustria (-9,9%), enquanto as maiores subidas se assinalaram na Holanda (2,6%), Croácia (2,5%) e Alemanha (1,9%).

Na variação homóloga, o volume de vendas no comércio de retalho sofreu as maiores quebras em França (-15,7%), na Eslovénia (-14,2%) e na Bélgica (-11,7%), tendo os principais avanços sido registados na Alemanha (8,8%), Dinamarca (8,7%) e Holanda (6,6%).

Em Portugal, o indicador recuou 4,9% face a novembro de 2019 e 3,3% na comparação com outubro.

A dívida pública alemã cai 0,23 pontos base para -0,52%. A dívida portuguesa recua 1,72 pontos base para uma yield nas OT a 10 anos de 0%. Melhor que a espanhola que caiu 0,23 pontos base para 0,04%.

O euro cai 0,47% para 1,2269 dólares.

O Brent valoriza 0,06% para 54,33 dólares.