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BP diz que “Prio ainda não foi formalmente posta à venda”

Desde 2015 que o sector português dos combustíveis aguarda a venda da Prio, fundada pelos irmãos Carlos e Jorge Martins da Martifer em 2006, mas gerida agora pelo fundo de reestruturação Oxy Capital.
  • A Prio tem uma rede de 240 postos de abastecimento
10 Janeiro 2019, 12h03

A BP – a maior multinacional que opera em Portugal no sector dos combustíveis – “aguarda que a rede de postos de abastecimento da Prio e a sua operação seja formalmente colocada à venda”, referiu ao “Jornal Económico” o responsável da BP, Pedro Oliveira. Desde 2015 que o sector português dos combustíveis aguarda a venda da Prio.

“Já manifestámos interesse em estudar o dossiê da Prio, bem como o potencial da sua rede e das suas infraestruturas, mas o processo não tem avançado, nem houve ainda a comunicação de que a Prio tenha sido formalmente colocada no mercado para que os potenciais interessados possam apresentar propostas de aquisição”, adiantou Pedro Oliveira. Entretanto a BP tem mantido o ritmo de aquisições de postos de abastecimento em Portugal, onde já conta com 450 postos de abastecimento.

A Prio Energy foi fundada pelos irmãos Carlos e Jorge Martins da Martifer em 2006 e a evolução desfavorável dos seus negócios levou os principais credores – o Novo Banco e o BCP – a optarem pela venda da empresa. O fundo de reestruturação Oxy Capital gere a Prio desde 2013 e tem recebido manifestações de interesse por parte de potenciais compradores. Em 2015 a Petrin manifestou o seu interesse na Prio. Em 2016 foi a vez do Grupo Martins fazer o mesmo. A própria BP várias vezes manifestou intenção de avaliar a Prio. E os valores oferecidos pelos potenciais interessados, já publicamente referidos, têm oscilado entre 100 e 120 milhões de euros.

Pedro Morais Leitão, gestor da Prio, não faz comentários sobre atrasos no processo de alienação da Prio, mas admitiu ao JE que tem conhecimento de “interessados que já indicaram vontade em comprar por valores superiores aos que chegaram a ser referidos pelos órgãos de comunicação social”.

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