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Certificado de vacina digital? “Não vejo qual é o problema”, diz Álvaro Covões

A APEFE ainda se vai reunir para debater o que tem sido conhecido como “passaporte digital”, que na prática é um certificado de vacinação. Ainda assim, Álvaro Covões sublinhou ao JE que: “Sempre existiram boletins de vacina”.
  • Álvaro Covões
9 Fevereiro 2021, 17h50

O sector dos eventos está parado há quase um ano. Um certificado de vacinação poderia ajuda a relação a área de espetáculos, Festivais e Eventos. O vice-presidente da Associação de Espetáculos Festivais e Eventos (APEFE), Álvaro Covões apontou ao Jornal Económico (JE) que não vê qualquer tipo de problema em que estes existam em formato digital.

A associação ainda se vai reunir para debater o que tem sido conhecido como “passaporte digital”, que na prática é um certificado de vacinação. Ainda assim, Álvaro Covões sublinhou ao JE que: “Sempre existiram boletins de vacina, sempre existiram boletins de vacinas especiais para viajar para determinadas regiões”.

“Estou-me a lembrar que quando vamos para África temos de ter a vacina da febre amarela com o boletim da própria vacina certificada”, disse Álvaro Covões, que também é o organizador do festival NOS Alive.

Quanto à digitalização do processo, o vice-presidente acredita que “o certificado possivelmente tem de ser eletrónico para evitar falsificações”. Este processo poderia ajudar a que se criasse “uma bolha” e assim o sector dos Festivais e Eventos poderia regressar.

“Agora invoca-se o direito da privacidade para tudo e mais um par de botas. Estamos há um ano confinados e temos uma teoria da conspiração atrás de tudo”, enaltece.

“Uns estão preocupados com a invasão de privacidade, de saber se a pessoa tem a vacina quando o Estado sabe quais as vacinas que cada um tomou”, afirmou Álvaro Covões destacando ainda que “perante a lei somos obrigados a tomar um conjunto de vacinas”, referindo-se à do tétano.

Além de já existir obrigatoriedade na toma de algumas vacinas, Álvaro Covões recorda que as “as prescrições médicas são digitais”. “Imprimem o papel, mas ela é digital”, completa.

“Todo o nosso historial está no médico de família”, destaca o responsável pelo NOS Alive. Álvaro Covões defende que os certificados de vacinação são precisos para que “os médicos se certifiquem que as pessoas têm a vacina”.

Álvaro Covões apontou que tanto em Portugal como a nível da União Europeia se está a “Indagar a possibilidade científica de com testes rápidos poder se criar bolhas para a realização de toda a tipologia de eventos, nomeadamente os festivais de música”.

“Se a ciência entender que os testes rápidos tem uma viabilidade suficiente para garantir essa situação, parece-nos ser a situação indicada”.

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