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Como pode um MBA impulsionar a sua carreira?

Com o objetivo de dar a conhecer o impacto que um MBA pode ter na sua progressão de carreira, falámos com a Presidente do Grupo Novartis Portugal, Cristina Campos, também alumna do The Lisbon MBA.
  • Católica — Lisbon School of Business & Economics

  • Nova School of Business and Economics

  • MIT Sloan School of Management

8 Maio 2020, 07h12

Cristina, porque decidiu fazer um MBA? Sentiu que era o timing certo? É correto afirmar que existe um timing perfeito para fazer um MBA?

Na altura em que escolhi a minha licenciatura em Ciências Farmacêuticas tinha também uma grande vontade de fazer uma formação em Gestão, pois queria aprofundar conhecimentos nessa área.

Acabei por fazer a minha carreira direcionada para áreas de gestão (marketing, vendas, estratégia), mas efetivamente adquiri os conhecimentos nas próprias empresas onde desenvolvi a minha carreira. Fui ficando cada vez com mais vontade de obter competências mais robustas em ambiente académico. Um programa de MBA pareceu-me, na altura, uma excelente opção. Em relação ao timing… por vezes, dizemos que o timing nunca é o certo… para termos filhos, para casar, para fazermos um MBA. E, de facto, há momentos em que é mais importante não pensarmos muito e seguirmos a nossa paixão e a nossa intuição. E, quando acharmos que estamos preparados, avançarmos.

No meu caso, já tinha tido três filhos, já tinha alguma experiência profissional, estava a trabalhar há 10 anos e era o momento para repensar a minha carreira. Precisava e queria procurar novas competências, alargar a minha network, conhecer pessoas diferentes e ligar-me a outros setores. Senti que era o timing ideal.

Surgiram alguns desafios no início ou durante o MBA?

Foram vários os desafios: o facto de já ter três filhos e ter sido mãe há pouco tempo. Ou seja, ter de conciliar os estudos com a vida pessoal. Tive de fazer algumas escolhas. Optei por fazer um ano sabático: desta forma podia fazer o MBA com dedicação full time. Poderia ter escolhido a opção part time mas achei que ia ser demasiado exigente conciliar a minha profissão, a minha família e ainda um MBA.

Posso dizer que este foi um dos maiores desafios: conjugar as várias vertentes da minha vida e depois, obviamente, a escolha de ter feito uma licença sabática para repensar a carreira. Coloquei-me fora da minha zona de conforto, prescindi de uma carreira que na altura já era bastante aliciante e na qual eu me sentia a crescer. Com coragem e ousadia, coloquei-me à prova num contexto diferente.

E nunca existiram receios?

Acabou por ser uma decisão ponderada porque fiz os exames de admissão ao MBA quando fui mãe pela primeira vez. Aproveitei também a minha licença de maternidade para estudar, para fazer os exames de admissão e acabei por ficar com os certificados na gaveta, à espera do momento certo.

Tinha no meu subconsciente que, em algum momento, eu teria de fazer o meu MBA. Era um sonho que tinha desde a licenciatura e não podia deixar a oportunidade passar muito mais tempo. E, assim, perante a constatação da proximidade do fim da validade dos resultados dos exames, decidi avançar com a candidatura. Tomamos muitas decisões por dia e reflito bastante nas minhas decisões com maior impacto seja no negócio ou nas pessoas. E quando decido algo, sigo em frente! Gosto de avançar com uma atitude construtiva e focar-me naquilo que são as oportunidades que cada decisão traz, sobretudo na aprendizagem, e não de me lamentar sobre as consequências de cada decisão.

Um MBA é visto como um produto de excelência mas será que cumpre com a elevada reputação?

Eu acho que supera. Só fazendo um MBA é que sentimos realmente o valor do mesmo. Na minha opinião o que tiramos do MBA depende de nós, como o que tiramos da vida.

Se estivermos de mente aberta, curiosos e atentos a cada oportunidade que a vida nos dá acho que tiramos mais valor da mesma. A reputação que pode vir, por exemplo, pela posição no ranking do Financial Times (onde o The Lisbon MBA está no top 100 a nível mundial) é muito importante, mas o mais relevante é o valor que retiramos para cada um de nós. O benefício que retiramos em relação ao investimento, não só o financeiro, mas também do nosso tempo, é enorme.

Acho que mais do que a reputação nos jornais, nas revistas e nos rankings é o retorno para nós próprios e para tudo o que depois podemos dar a quem vem a seguir. Cabe-nos a nós deixar um rasto e inspirar outros.

Este é sem dúvida um grande investimento. Diria que o retorno desse investimento se mede no aumento salarial mas também nas oportunidades de mudança a nível profissional?

Há com certeza um retorno quantitativo e, sem dúvida, pode traduzir-se num aumento salarial e em mais oportunidades de carreira. Mas é também um retorno qualitativo — um retorno de conhecimentos, de competências, de enriquecimento enquanto profissionais, enquanto pessoas. Esse valor é incalculável.

Neste momento, sou Presidente do Board Alumni Club do The Lisbon MBA e juntei-me a este propósito porque acredito verdadeiramente que o MBA não se deve esgotar no ano (ou nos anos) que dedicamos a ele, mas sim pode e deve perdurar em toda a nossa vida. Teremos uma mais valia se nos mantivermos ligados à comunidade de alumni e à academia, não só pela network (que é de facto riquíssima), mas também pela ligação a universidades que são de topo — e neste caso são duas, a Católica-Lisbon e a Nova SBE.

Além da instituição do The Lisbon MBA, temos como base a Católica-Lisbon, a Nova SBE e o MIT Sloan. No meu caso, fiz o MBA há 12 anos mas já fiz posteriormente formações em ambas as escolas porque, acredito que, estamos sempre a aprender e a desaprender e que o contacto com o mundo académico nos desafia e nos mantém atualizados. Os tempos que estamos agora a viver são um bom exemplo disso.

Que conselhos daria a uma pessoa que se esteja a preparar para o processo de candidatura?

Acho que é importante o estudo porque, no fundo há uma competição para a entrada num programa como este de elevada exigência. Logo, há que estudar, fazer os exames e ter boas notas.

Outro conselho que eu daria a quem está interessado é que faça um contacto com a rede de alumni, ou seja, tente falar com antigos alunos, para saber como se pode posicionar neste MBA, como retirar o melhor partido do MBA e que tipo de MBA fazer. Acho que é mesmo importante criar esta network prévia já para não falar com a própria academia: tentar perceber do ponto de vista académico como é o MBA.

Por tudo o que acabou de referir, o MBA mudou muito a sua vida.

Sim, mudou em vários aspetos. Por um lado, no sentido de adquirir competências técnicas na área da gestão, da liderança e da estratégia. No fundo, estamos a trabalhar com colegas de vários setores e temos uma visão mais holística daquilo que é o mercado de trabalho e as oportunidades de negócio. Esta aquisição de competências torna-nos mais fortes para continuarmos a evoluir e abraçar novos desafios. Por outro lado, no sentido de desenvolver as deep skills, as competências mais inter-relacionais ou de comunicação, de resiliência, de saber trabalhar em equipa e de forma não hierárquica, ou seja, voltarmos àquilo que é o estar na linha da frente todos juntos alinhados com o mesmo propósito.

Hoje o mundo é diferente e precisa de líderes e gestores colaborativos que saibam arregaçar as mangas quando é preciso, que saibam fazer parte da solução, que saibam fazer parte de uma equipa.

Para mim, foi também muito importante no reforço da autoconfiança. O que nos falta, por vezes, é sobretudo a confiança para darmos o próximo passo, para sentirmos que estarmos preparadas para arriscar, ganharmos coragem para nos posicionarmos fora da nossa zona de conforto. O MBA põe-nos tanto à prova em situações tão complexas e tão fora daquilo que é o nosso normal que nos torna mais fortes e mais ousados. Ajudou-me bastante a ser mais curiosa e mais aberta para novas oportunidades e para novos percursos e novas experiências na empresa e na vida.

Uma mensagem para quem possa estar reticente no que diz respeito ao MBA.

Na dúvida, é fazer! É uma experiência que fica para a vida. Arregacem as mangas, encham-se de coragem, encontrem o formato ideal para o fazer e não estejam à espera do momento certo. Às vezes é difícil encontrar o timing perfeito para aquelas que são as escolhas mais difíceis da nossa vida. É preciso coragem e curiosidade. Aproveitem este programa excecional que temos em Portugal e que tem uma parceria com o MIT Sloan a nível internacional: é único e vale a pena.

Cristina, podemos tirar várias formações, podemos até tirar várias licenciaturas e doutoramentos… Mas um MBA só se tira uma vez na vida.

É verdade! Podemos tirar várias formações e devemos fazê-lo, mas um MBA só se tira uma vez na vida!

 

Este conteúdo patrocinado foi produzido em colaboração com o The Lisbon MBA Católica | Nova.

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