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Crédito Agrícola com queda de 22% nos lucros para 33,8 milhões de euros. Provisões disparam mais 2.700% no primeiro trimestre

O Grupo Crédito Agrícola registou ainda 27,5 milhões de euros em provisões, o que se traduz num aumento homólogo de cerca de 2.747% face ao primeiro trimestre do ano passado.
20 Maio 2020, 13h13

O resultado líquido do Crédito Agrícola no primeiro trimestre de 2020 caiu 22,3% face a igual período do ano anterior para 33,8 milhões de euros.

A explicar esta evolução está a contração do resultado líquido dos negócios bancário (-29%), investimento imobiliário (-36,2%) e outros (-59%), sendo que no trimestre apenas a atividade de seguro registou uma subida (9,1%).  Nos primeiros três meses de 2020, os resultados registados nos veículos de desinvestimento imobiliário (nomeadamente via desvalorização de unidades de participação) penalizaram os resultados consolidados em 3,4 milhões de euros, valor ainda assim menos negativo que o registado no período homólogo (-5,3 milhões de euros).

O Grupo Crédito Agrícola registou ainda 27,5 milhões de euros em provisões, o que se traduz num aumento homólogo de cerca de 2.747% face ao primeiro trimestre do ano passado.

A margem financeira contraiu 4,8%, para 78,5 milhões de euros devido essencialmente pela redução das receitas dos juros (-28,8 milhões de euros), tendo este efeito sido em parte anulado pela redução das despesas dos juros (-24,9 milhões de euros).

As comissões líquidas subiram 26,7%, para 29,4 milhões de euros. Já os resultados das operações financeiras mais do que duplicaram, tendo aumentando 165,7%, para 55,1 milhões de euros, e foram o grande impulsionador do crescimento do produto bancário, que subiu 20,6%, para 168,6 milhões de euros.

Os custos de estrutura aumentaram 12%, para 90,7 milhões de euros.

O banco liderado por Licínio Pina acabou o primeiro trimestre com um aumento dos recursos dos clientes de 9,9%, que subiram para 15.359 milhões de euros.

A carteira de crédito também subiu em 599 milhões de euros face aos primeiros três meses de 2020, ara 10.609 milhões de euros, impulsionada pelo crédito à administração pública e empresas, que subiu 8,9%, para 6.525 milhões de euros.

As provisões e imparidades acumuladas decresceram em 46 milhões face ao primeiro trimestre do ano passado, somando, em março, 1.116 milhões de euros.

O rácio de transformação decresceu 1,8 pontos percentuais, para 66,5%.

O rácio de NPL total fixou-se em 9%, enquanto o rácio de NPL por imparidades caiu 2,8 p.p para 42,4%. Já o rácio de NPL por imparidades e colaterais fixou-se em 132%.

O ROE caiu 3,5 p.p, para 7,5%.

Em termos de rácios de capital, o Grupo Crédito Agrícola terminou o primeiro trimestre com um rácio common equity tier 1 de 16,9%, que subiu 1,9 p.p.

Até o dia 14 de maio deste ano, as moratórias aprovadas pelo Crédito Agrícola representaram um valor total de 2.088 milhões de euros, dos quais 1.981 milhões de euros respeitaram à moratória legal.

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