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Durão Barroso: “Foi indispensável tomar medidas de contenção orçamental quando Portugal estava na bancarrota”

O ex-presidente da Comissão Europeia mostrou-se satisfeito pela “política socialmente mais justa” prevista no Orçamento do Estado para 2019. Sem esquecer os esforços de contenção orçamental anteriormente feitos.
16 Outubro 2018, 12h15

O antigo primeiro-ministro e atual presidente do Banco Goldman Sachs International Durão Barroso foi questionado sobre a proposta do Governo de Orçamento do Estado para 2019 à saída de uma conferência na Fundação Calouste Gulbenkian, em Lisboa.

“Eu fico satisfeito com tudo o que é progresso no nosso país. Isso também mostra que as medidas que na altura foram tomadas e que foram muito criticadas tiveram alguns efeitos positivos”, respondeu aos jornalistas.

Referindo-se à anterior governação PSD/CDS-PP em tempos de programa de resgate financeiro a Portugal, o ex-presidente da Comissão Europeia afirmou: “Eu continuo a pensar que foi indispensável tomar medidas de contenção orçamental quando Portugal estava numa situação, vamos ser sinceros, de bancarrota – era assim que estávamos há alguns anos”.

Durão Barroso referiu ainda que vê “que hoje em dia já há margem para responder mais a necessidades sociais e congratulo-me com isso. Mas uma coisa não invalida a outra. São fases diferentes de um ciclo económico que têm de ser entendidas”.

“Portugal, a Grécia, a Irlanda, de certa forma a Espanha, Chipre passaram por situações extremamente difíceis, que eu acompanhei na Comissão Europeia, em que, se não tivéssemos feito esforços de contenção orçamental, não teríamos tido uma base, como hoje temos, para ter uma política socialmente mais justa, que eu obviamente só posso registar com grande satisfação”, sublinhou.

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