Oito anos após a última visita de um presidente chinês a Portugal, Xi Jinping realiza nos próximos dias 4 e 5 de dezembro uma visita oficial ao nosso país. O homem que detém o poder supremo na segunda maior economia do mundo traz consigo a possibilidade de acordos nas áreas da energia, infraestruturas e ciência, mas outros dossiês, como a Oferta Pública de Aquisição (OPA) sobre a EDP e a continuidade dos avultados investimentos chineses em Portugal (ver infografia), vão inevitavelmente marcar a sua passagem por Lisboa.
Com este investimento estratégico em Portugal num impasse, a visita de Xi integra-se na estratégia chinesa que passa por reforçar as relações bilaterais com vários países europeus, numa altura em que se discute, sobretudo em Paris e Berlim, um aumento do escrutínio dos investimentos chineses no Velho Continente. Em cima da mesa está a possibilidade de Bruxelas vir a estabelecer um quadro jurídico para filtrar o investimento chinês em setores estratégicos da economia, procurando lançar luz sobre as nebulosas ligações entre os interesses públicos e privados no capitalismo chinês.
“Há cada vez mais a perceção de que as empresas chinesas continuam a estar ao serviço dos interesses do Partido Comunista”, disse ao Jornal Económico o professor do ISEG Luís Mah, especialista em assuntos asiáticos e economia internacional, recordando que até o empresário chinês mais rico, Jack Ma, dono da Alibaba, se tornou esta semana membro do Partido Comunista Chinês.
Conteúdo reservado a assinantes. Para ler a versão completa, aceda aqui ao JE Leitor.
Taguspark
Ed. Tecnologia IV
Av. Prof. Dr. Cavaco Silva, 71
2740-257 Porto Salvo
online@medianove.com