O Presidente da República deixou claro este sábado que não voltará a pronunciar-se sobre a divergência com o primeiro-ministro, lembrando que já foi comentador, mas hoje é um responsável político. “O papel do Presidente não é estar a interpretar-se a si próprio”, sublinhou Marcelo Rebelo de Sousa, em declarações aos jornalistas à margem da coroação do rei Carlos III.
“Não vou estar a fazer releituras daquilo que disse. Reinterpretações, esclarecimentos, elucidações. Os portugueses ouviram, entenderam, têm a sua opinião sobre isso. Não tenciono voltar a pronunciar-me”, declarou o Chefe de Estado, garantindo que “tudo o que quis abordar” abordou.
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Aos jornalistas, Marcelo Rebelo de Sousa frisou ainda que teve uma fase da sua vida em que foi comentador, mas sublinhou que hoje é um responsável político. “Não compete ao Presidente da República estar a ser comentador”, salientou o responsável, quando questionado sobre se está ou não esclarecido sobre a atuação dos SIS na polémica no gabinete do ministro das Infraestruturas.
Depois de uma divergência com o primeiro-ministro sobre a manutenção de João Galamba na liderança desse ministério, o Chefe de Estado fez uma comunicação ao país na quinta-feira em que criticou o Governo, mas anunciou que não iria dissolver o Parlamento, nem demitir o atual Executivo, preferindo a estabilidade.
Ainda assim, Marcelo Rebelo de Sousa assegurou que estará mais atento ao Governo no dia-a-dia. Nas palavras do Chefe de Estado, são duas as lições a retirar do seu papel: ser garantia de estabilidade e o “último fusível de segurança, que deve assegurar ainda de forma mais intensa que aqueles que governam cuidam mesmo da sua responsabilidade, credibilidade, confiabilidade”.
Atualizada às 16h45
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