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“Estado de negação” Costa devolve críticas à oposição

O debate sobre o Estado da Nação marca o fim da sessão legislativa. Governo de Costa é acusado de ignorar os problemas do país, mas o primeiro-ministro enaltece resultados económicos históricos e devolve críticas aos partidos. Inflação, habitação e os sucessivos sintomas de instabilidade governativa foram as armas de eleição da oposição.
21 Julho 2023, 15h00

A trincheira socialista foi, sem surpresas, a mais bombardeada na quinta-feira, durante o debate do Estado da Nação, que assinala a última reunião plenária desta sessão legislativa. Ainda assim, os partidos não resistiram à oportunidade de lançar farpas às bancadas opostas, sob o olhar atento – e apontamentos ainda mais atentos – do primeiro-ministro.

António Costa manteve o tom, a compostura e, na maioria dos casos, até a calma nas respostas aos partidos da oposição, almofadado pelo conforto da maioria absoluta, que tão útil tem sido na aprovação unilateral de pacotes na habitação e de relatórios de comissões parlamentares de inquérito. Na manga, as bancadas da direita traziam as 13 demissões a registar neste Executivo desde a sua eleição, e nem a intervenção de abertura de Costa, focada nos resultados económicos, serviu de distração às muitas e fortes munições dos partidos com assento parlamentar: não faltaram a inflação, as frequentes polémicas com membros do Governo e acusações de um “país cor-de-rosa”, que – sublinhou a oposição – só o PS parece ver.

O primeiro-ministro abriu o debate dirigindo-se logo aos partidos: “Portugal não foi o país que as oposições previam”. “Portugal não estagnou, não entrou em recessão e não regressou à estagflação”, disse em tom vitorioso. “Bons resultados são consequência de boas políticas”, lembrou. “Portugal teve no primeiro trimestre do ano o terceiro maior crescimento da União Europeia (UE) e as previsões de crescimento para este ano” já superam os 2,4%, “com 4,9 milhões de pessoas empregadas (…) A inflação tem vindo a descer dos 10,1% em outubro para os 3,4% em junho passado e esta, sim, é a grande conclusão desta avaliação”, salientou Costa. “Portugal não foi este ano o país que as oposições previam, que empenhadamente anunciavam que ia ser e, sejamos claros, que alguns anseiam desde 2015 que finalmente, um dia, seja mesmo”, rematou o chefe do Governo.

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