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EUA: Secretária do Tesouro afirma que incumprimento seria “catástrofe económica e financeira”

Janet Yellen voltou a lembrar que o Governo federal só dispõe de fundos para fazer face às suas obrigações até junho, argumentando que uma entrada em incumprimento irá ter consequências irreversíveis no aumento dos custos de financiamento do país.
  • Carlos Barria/Reuters
26 Abril 2023, 11h28

A secretária do Tesouro dos EUA voltou a pedir que o Congresso do país aprove o aumento do teto da dívida, sob pena de desencadear uma “catástrofe financeira e económica” com fortes impactos na economia norte-americana e global.

Janet Yellen falava em Washington esta terça-feira a empresários californianos, onde voltou a frisar a importância e a “responsabilidade” dos legisladores em aprovarem um aumento do limite de dívida pública do país, de forma a evitar um default.

“Um default na nossa dívida causaria uma catástrofe económica e financeira”, afirmou Yellen, repetindo avisos que tem vindo a fazer nos últimos meses. Recorde-se que a ala republicana do Congresso tem vindo a bloquear as iniciativas para aumentar o teto da dívida do país, tendo recentemente apresentado uma proposta para aprovar esta subida em troca de cortes na despesa pública norte-americana.

Tanto a Casa Branca, como os congressistas democratas já argumentaram que os dois assuntos não estão relacionados, pelo que devem ser decididos em separado.

Caso a maior economia do mundo não consiga chegar a um consenso para subir o limite da dívida pública e entre em incumprimento, os custos de financiamento para as empresas do país aumentarão “em perpetuidade”, dificultando investimentos futuros, argumentou Yellen. Também a Segurança Social do país teria problemas em finalizar pagamentos de prestações sociais.

Perante este cenário, o Congresso deve aprovar “sem condições” a subida do máximo de montante em dívida pelo país e “sem esperar pelo primeiro minuto”, pediu.

Em janeiro, a secretária do Tesouro havia já avisado que o Governo federal dispunha de fundos apenas para cumprir as suas obrigações até junho. Desde aí, por várias vezes Yellen tem pedido aos congressistas que aprovem a subida do teto da dívida, embora sem sucesso.

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