A Feviccom afirma em comunicado que os trabalhadores do grupo Cimpor (Indústria, Serviços, Ciarga e Socopor) aderiram de forma “massiva” à greve de três dias, “o que constituiu um acontecimento histórico de luta dos trabalhadores destas empresas pela melhoria das suas condições de vida e de trabalho, pela valorização das suas profissões e pela defesa da sua dignidade”.
“A confiança e a força da razão dos trabalhadores sobrepôs-se à força do poder, à arrogância, à mentira, às intimidações e chantagens. Uma greve que ao longo destes três dias levou à paralisação total da produção e a uma forte afetação nas vendas de cimento”, refere ainda o comunicado.
“A verdade é que a receita que a empresa está a perder daria, no todo ou em parte, para atender às nossas reivindicações. Esta foi a resposta serena, mas firme que os trabalhadores deram a uma Administração que, nos últimos tempos, insiste em confundir negociação com imposição. Nestes dias e noites fez-se ouvir a voz de quem trabalha contra aqueles que elogiam o trabalho mas desrespeitam os trabalhadores”.
O acionista – a TCC, de Taiwan – apresentado como o terceiro grupo mundial no negócio dos cimentos, “tem a responsabilidade social e a obrigação empresarial de considerar e assumir as propostas sindicais em Portugal. Mas não só. Tem o dever de melhorar significativamente os salários e assegurar um conjunto de direitos, como o apoio complementar na Saúde, que mantém em Taiwan, mas que no nosso país retirou aos atuais e futuros reformados e seus familiares”, denuncia o sindicato, afeto à CGTP.
“Um Grupo com negócios em alta, não pode ter salários e direitos em baixa. Por isso a melhor forma de não andarmos para trás, é caminharmos em frente”. Neste contexto a Feviccom anuncia que vai “exigir uma reunião urgente à Administração para dar sequência ao processo negocial, de forma a encontrar-se uma solução que valorize dignamente os salários, responda às diversas reivindicações pecuniárias e não pecuniárias, reduza o horário semanal de trabalho, respeite os direitos, consagre o Apoio Complementar na Saúde a todos os trabalhadores, reformados e seus familiares e garanta a igualdade de tratamento entre os trabalhadores das diversas empresas”.
Além disso, o sindicato propõe-se realizar plenários em todas as fábricas, em datas a anunciar oportunamente, para analisar os impactos da greve e discutir e decidir novas ações de luta, caso a Administração não responda positivamente às propostas já apresentadas pelos trabalhadores das empresas do Grupo Cimpor”.
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