Fiat Chrysler relança hipótese de fusão
A fusão entre a Renault e o grupo Fiat Chrysler Automobiles (FCA) voltou a estar em cima da mesa. No domingo em que decorre o famoso evento de solidariedade Concours d’Elegance de Pebble Beach, nos Estados Unidos, o presidente do conselho de administração da fabricante ítalo-americana disse que mantém a porta aberta a uma aliança quer com a francesa quer com outras empresas do setor.
Sem adiantar mais pormenores, John Elkann deixou claro que a hipótese de juntar os negócios não foi descartada, mesmo depois de a proposta da Renault, apresentada em maio, ter caído por terra face à oposição do governo francês, acionista maioritário. O chairman da FCA pretende, ainda assim, manter a empresa independente.
A FCA, que engloba as marcas Fiat e Chrysler, sugeriu a 27 de maio uma fusão “transformadora” com o grupo Renault. A dupla da indústria automóvel queria criar um portefólio de marcas que fizesse a cobertura total do mercado e tivesse presença nos principais segmentos que consideram premium: Maserati, Alfa Romeo, para as marcas de forte acesso Dacia e Lada, Fiat, Renault, Jeep, Ram, entre outras. Caso o acordo chegasse a vias de facto, nasceria a terceira maior fabricante automóvel, logo depois da Toyota e da Volkswagen. A junção iria gerar vendas de, aproximadamente 8,7 milhões de veículos por ano – sendo que, juntamente com os seus aliados Nissan e Mitsubishi, venderiam de 15 milhões de carros por ano.
John Elkann, que também é presidente da Ferrari, revelou também hoje que a fabricante de veículos desportivos de luxo deverá em breve expandir a gama gran turismo e SUV para aumentar o volume de vendas. Segundo o empresário, a Ferrari – que planeia anos aumentar a sua receita para 5 mil milhões de euros em 2022 – vai apresentar também um novo carro em novembro, de acordo com a informação veiculada pela imprensa italiana.
https://jornaleconomico.pt/noticias/no-grupo-fiat-chrysler-o-cliente-e-que-decidira-a-motorizacao-que-quer-454259
