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Galp prevê que mais de 40% do investimento a longo prazo será na transição energética

Numa atualização estratégica, a empresa liderada por Carlos Gomes da Silva disse ainda que prevê investir entre 1.000 milhões e 1.200 milhões por ano e que o dividendo irá crescer 10% por ano até 2021.
  • Cristina Bernardo
22 Outubro 2019, 07h13

A Galp Energia anunciou esta terça-feira que prevê que mais de 40% do seu investimento de longo prazo venha a capturar oportunidades relacionadas com a transição energética

Numa atualização do plano estratégico. divulgada no site da CMVM, a petrolífera não especificou o timing dessa meta, mas adiantou que as oportunidades “incluem o aumento do peso do gás natural no seu mix de produção, bem como o desenvolvimento de um negócio competitivo de geração de eletricidade através de fontes renováveis”.

Carlos Gomes da Silva, CEO da Galp, afirmou no comunicado que a empresa está preparar a para o próximo ciclo de crescimento, “promovendo soluções que sejam económica e ambientalmente sustentáveis, e mantendo, como sempre, o compromisso de uma atuação socialmente responsável”.

“Os projetos já em curso permitirão apostar num desenvolvimento seletivo do nosso portefólio, com foco no aumento do crescimento de longo-prazo e da sua resiliência, mantendo a disciplina financeira e o compromisso com o retorno acionista.” disse o CEO.

A Galp salientou que os investimentos no upstream permanecem focados no desenvolvimento de projetos de elevado potencial, com o breakeven médio do portefólio a manter-se em em cerca 25 dólares por barril.

Adicionalmente, a Galp continuará a otimizar os seus custos e a aumentar as taxas de recuperação nos seus projetos. No downstream, a empresa pretende otimizar e reforçar a sua base de ativos na refinação e comercialização, bem como explorar seletivamente novas oportunidades de valor acrescentado por forma a aumentar a competitividade do seu portefólio, acrescentou.

Dividendo cresce 10%

Os investimentos líquidos previstos situam-se em média entre 1.000 milhões 1.200 milhões por ano até 2022, incluindo os resultantes do plano orgânico, bem como outros potenciais investimentos que originem necessidades de fundos adicionais, “os quais visam o desenvolvimento de projetos relevantes que permitirão o crescimento nos próximos anos”.

“Todas as ações de alocação de capital deverão estar em linha com o nosso compromisso de mantermos um rácio de Dívida Líquida/Ebitda abaixo de 2x, bem como com o objetivo de atingir um ROACE de c.15% para o Grupo na próxima década”, explicou a empresa.

A Galp prevê um aumento anual de 10% no dividendo por ação ao longo dos próximos três anos (2019-21), numa manutenção da política aplicada nos últimos anos.

“Este aumento reitera a confiança da Galp no seu plano financeiro e o seu compromisso em balancear investimentos de elevada qualidade, focados na criação de valor no longo-prazo, com o crescimento da distribuição acionista”, concluiu a petrolífera.

[Atualizada às 7h18]

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