Milhares de habitantes das ilhas de Veneza estão impedidos de sair dessas zonas devido às novas restrições decretadas em Itália, que impedem os cidadãos não-vacinados de utilizar transportes públicos, noticia o “Politico”, esta terça-feira. Nesse sentido, estes habitantes estão impedidos de utilizar o “autocarro” aquático Vaporetto, que é o principal meio de transporte naquela zona.
De acordo com as regras que entraram em vigor ontem, segunda-feira, quem não for portador de um certificado de vacinação ou documento que comprove recuperação recente da Covid-19 fica impossibilitado de utilizar os transportes públicos no país, uma medida que afeta diretamente os habitantes das ilhas de Veneza.
Eleonora de Nat, que vive em Giudecca e não foi vacinada, é uma das cinco mil habitantes habitantes das ilhas da lagoa veneziana que se recusaram a receber a vacina contra a covid-19, estando assim impedidas de aceder acesso ao continente.
O Governo italiano tem vindo a robustecer as medidas de combate à Covid-19 nos últimos dias devido à propagação galopante da variante Ómicron, visando sobretudo os não-vacinados.
“Não devemos perder de vista o motivo do desânimo – que a maioria dos nossos problemas decorre do facto de que existem pessoas não-vacinadas”, comentou o primeiro-ministro Mario Draghi numa entrevista concedida ontem, segunda-feira, sublinhando que as “pessoas não vacinadas estão a tornar-se um fardo para os hospitais”.
Itália estabeleceu que, a partir de fevereiro, a vacinação será obrigatória para maiores de 50 anos.
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