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INE: 2022 foi o ano mais quente dos últimos 92 anos em Portugal

A informação consta da edição de 2023 das Estatísticas do Ambiente, que foi publicada esta quinta-feira. 
21 Dezembro 2023, 14h26

O ano de 2022 foi o mais quente dos últimos 92 anos em Portugal, de acordo com a edição de 2023 das Estatísticas do Ambiente do Instituto Nacional de Estatística (INE), que classifica o ano passado como “extremamente quente e seco”.

“Com um valor médio da temperatura média do ar de 16,64 ºC, foi o ano mais quente dos últimos 92 anos, com um desvio à normal de +1,38 ºC”, refere o gabinete de estatísticas no boletim divulgado esta quinta-feira, acrescentando que “as estimativas preliminares das emissões de Gases com Efeito de Estufa apontam para um aumento de 1,2% face a 2021 (-2,9%)”, excluindo o sector do uso do solo, alteração do uso do solo e florestas (LULUCF).

O INE explica o aumento com o acréscimo das emissões do sector da energia, que subiram 2,1%, e do sector dos processos industriais e uso de produtos (+0,5%).

No que diz respeito ao Índice de Qualidade do Ar, em média, 28,2% dos dias no ano passado registaram uma qualidade do ar “muito bom” e 45,6% qualidade do ar “bom”. Em 2021, este índice tinha sido de 31,0% e 45,9%, pela mesma ordem.

No que diz respeito à avalição da qualidade da água, o relatório teve por base a monitorização de 666 águas balneares (643 em 2021), tendo a maior parte das águas balneares obtido a classificação “Excelente”, “representando 65,6% das águas interiores e 90,8% das águas costeiras ou de transição”.

No que diz respeito ao Solo, Biodiversidade e Paisagem, outra das categorias analisadas na presente edição das Estatísticas do Ambiente, o INE dá conta da existência de 270 ZIF (Zona de Intervenção Florestal), abrangendo 1 933 mil hectares, um número que corresponde a 21,7% de Portugal Continental. Comparando com dezembro do ano anterior, é um acréscimo de 8 ZIF, ou seja, mais 76,8 mil hectares.

Sobre os incêndios rurais, forem registadas 10 390 ocorrências em 2022, o quinto número mais baixo em termos de número no período 2014- 2023 em Portugal continental. Contudo, trata-se da terceira maior área ardida (110,1 mil hectares). Neste ano, as medidas agroambientais abrangeram 100 710 agricultores, uma subida considerável face aos 71 336 que beneficiaram das mesmas no ano anterior. Em números, os apoios totalizam 259 milhões de euros, tendo sido de 237 milhões em 2021.

Passando aos números da gestão da resíduos, o INE sublinha que o “indicador da preparação de resíduos para a reutilização e reciclagem regressou a uma tendência de crescimento (33%)”, ficando aquém da meta de 55% estipulada para 2025.

“Os resíduos sectoriais gerados em Portugal pelo tecido empresarial totalizaram 14,4 milhões de toneladas (+5,6% face a 2021), destacando-se a atividade de construção (+1,1 milhões de toneladas) com um aumento absoluto mais significativo, o qual resultou do aumento do investimento nas obras públicas”, detalha o boletim.

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