A próxima cimeira entre Portugal e Cabo Verde deverá realizar-se em novembro, em Lisboa, anunciou a meio da tarde deste sábado Luís Montenegro, que se encontra numa visita oficial àquele país.
“Apresentei a proposta ao senhor primeiro-ministro de Cabo Verde com quem acertei, de forma indicativa, a realização da próxima cimeira entre Portugal e Cabo Verde no dia 19 de novembro”, revelou o líder social-democrata, em conferência de imprensa.
De acordo com o primeiro-ministro português, por sugestão do homólogo cabo-verdiano está previsto, à margem da cimeira, um encontro bilateral entre empresários e agentes económicos para dinamizar a dimensão económica dos dois países.
“Não há dúvida nenhuma de que o investimento das empresas portuguesas em Cabo Verde é uma realidade que tem sido geradora de oportunidades de emprego”, continuou, sublinhando o “desenvolvimento económico, ambiental, a colaboração para processos de inovação, de investigação, acréscimo de competitividade presente e futura” decorrentes desse investimento.
Sobre o acordo bilateral de conversão da dívida de 12 milhões de euros de Cabo Verde em financiamento climático, que foi concertado em janeiro do ano passado, Luís Montenegro revelou que o Governo que lidera se vai manter em diálogo com Ulisses Correia e Silva para dar continuidade ao processo após 2025.
O líder social-democrata assegurou que Portugal “quer cumprir, avaliar e projetar para um novo ciclo após 2025” esse processo, que classifica como uma “experiência única e original”. “Quero, em nome do Governo português, assumir esse compromisso”, anunciou Montenegro.
O memorando de entendimento para a conversão da dívida de Cabo Verde a Portugal num Fundo Climático e Ambiental foi assinado por António Costa e Ulisses Correia e Silva, no âmbito da Ocean Race Summit Mindelo, em janeiro do ano passado.
Sobre o memorando de entendimento para a criação de uma linha especial de microcrédito para empreendedores, anunciado hoje pelo governo cabo-verdiano e assinado pelos dois primeiros-ministros, Luís Montenegro diz que se trata de “um alinhamento estratégico” dos dois governos.
“Este protocolo dá corpo a uma ajuda adicional de Portugal a Cabo Verde. Adicional no volume financeiro – são mais 500 mil euros – , mas adicional também na estratégia por detrás desta ajuda. O estímulo ao auto-emprego e à capacidade empreendedora. É isso que se quer incentivar com este protocolo, olhando para os mais jovens e para as mulheres, para aqueles que muitas vezes na sociedade têm mais obstáculos em poder materializar a sua capacidade criadora e de acrescentar valor. Utilizar as políticas públicas para dar corpo à capacidade empreendedora”, analisou Luís Montenegro.
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