A elétrica espanhola Iberdrola, presente em Portugal, reportou esta quinta-feira, 26 de outubro, um resultado líquido de 3.637 milhões de euros entre janeiro e setembro, o que traduz um acréscimo de 17,2% comparativamente ao período homólogo de 2022 e menos 22,4% excluindo o extraordinário obtido com a alienação do parte do negócio no México.
No mesmo período, o EBITDA (lucros antes de juros, impostos, depreciações e amortizações) cresceu 13,2% para 10.883 milhões de euros.
Na informação entregue à CNVM, Comissão Nacional de Valores Mobiliários, a Iberdrola explica este desempenho com maior volume de produção, maior taxa de ocupação e eficiência operacional e menor compra de energia.
Em concreto, a elétrica diz que a sua produção cresceu 6% graças ao negócio hidroelétrico, que em Espanha regista um crescimento de 62% devido às chuvas, e a um salto de 55% na produção da energia solar.
O mercado espanhol é responsável pela maior fatia do EBITDA, somando 3.160 milhões de euros, um número que também beneficiou da subida dos preços no mercado. Em contrapartida, o Brasil e os Estados Unidos apresentam performances mais modestas.
Os dados referem também que, no final de setembro, a dívida financeira líquida do grupo ascendia a 47.951 milhões de euros, mais 8,8% do que no período homólogo de 2022, o que a empresa justifica com o esforço do investimento realizado e as taxas de câmbio.
Ainda de acordo com a informação entregue ao regulador, nos últimos 12 meses, os investimentos brutos da Iberdrola atingiram 10.842 milhões de euros.
A Iberdrola reviu igualmente as suas previsões de resultado líquido (o que exclui ganhos de capital proveniente da rotação de ativos), para o ano de 2023, estabelecendo a fasquia nos dois dígitos, o que duplica os 5% previstos até agora. Isto significará um novo recorde face aos 4.339 milhões obtidos em 2022.
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