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Mais de 100 estudantes estão retidos em duas ilhas de Cabo Verde

Ministério da Educação cabo-verdiano informou que autorizou a FICASE a transferir, diretamente para a conta bancária dos beneficiários cinco mil escudos (45 euros) de subsídio, “para lhes ajudar a ultrapassar este momento difícil”.
19 Maio 2020, 18h17

Um total de 125 estudantes cabo-verdianos retidos nas ilhas de Santiago e São Vicente estão a enfrentar dificuldades e precisam de ajuda, informou esta terça-feira o Ministério da Educação cabo-verdiano, que já apoiou duas dezenas e meia com um subsídio de 45 euros.

Numa nota, o Ministério da Educação de Cabo Verde indicou que a Fundação Cabo-verdiana de Ação Social Escolar (FICASE), em articulação com as universidades do país e as câmaras municipais, identificou, de todos os municípios do país, 300 universitários que estão em Santiago e São Vicente, onde frequentam cursos superiores.

“Destes 300, após (re)confirmação junto dos próprios alunos, verificou-se que 125 realmente precisam de ajuda, estando, desde então, a enfrentar algumas dificuldades”, deu conta o Governo cabo-verdiano.

Neste sentido, o Ministério da Educação informou que autorizou a FICASE a transferir, diretamente para a conta bancária dos beneficiários cinco mil escudos (45 euros) de subsídio, “para lhes ajudar a ultrapassar este momento difícil”.

“Até ao momento, 26 estudantes já receberam o subsídio de 5 mil escudos, um investimento de 130 mil escudos (1.178 euros)”, prosseguiu a mesma fonte, dando conta que durante esta semana a FICASE vai continuar a atribuir este subsídio aos alunos identificados, num montante total de 625 mil escudos (5.668 euros).

O Ministério da Educação salientou que esta é mais uma medida de proteção social do Governo de Cabo Verde e que está a ser implementada pela FICASE, em decorrência do encerramento das fronteiras e decretação de Estado de Emergência no país, para se conter a propagação do novo coronavírus.

“Com isso, muitos estudantes ficaram retidos nas ilhas de Santiago e São Vicente, onde frequentam cursos superiores”, adiantaram as autoridades educativas cabo-verdianas.

Numa outra nota, a FICASE avançou que, “juntamente com os seus parceiros e sociedade civil, continuará a mobilizar recursos e outras formas de auxiliar os estudantes universitários a ultrapassar esta fase difícil, com dignidade e resultados académicos satisfatórios”.

Cabo Verde regista 335 casos de covid-19, distribuídos pelas ilhas de Santiago (276), Boa Vista (56) e São Vicente (3).

Do total, 85 doentes foram dados como recuperados, três acabaram por morrer, dois turistas estrangeiros infetados regressaram aos países de origem e permanecem assim ativos 245 casos de covid-19 no país.

A ilha de Santiago é a única que permanece em estado de emergência, pelo menos até às 24:00 do dia 29 de maio, e a cidade da Praia o centro da pandemia no país, com 270 casos acumulados.

Na ilha da Boa Vista, onde se registou o primeiro foco da doença em Cabo Verde, a 19 de março, do acumulado de 56 casos de covid-19 apenas dois permanecem ativos.

Em São Vicente o único registo é de três pessoas da mesma família que contraíram a doença, mas que ainda em abril foram dados como recuperados.

Em África, há 2.834 mortos confirmados, com mais de 88 mil infetados em 54 países, segundo as estatísticas mais recentes sobre a pandemia naquele continente.

O novo coronavírus responsável pela presente pandemia de covid-19 foi detetado na China em dezembro de 2019 e já infetou mais de 4,7 milhões de pessoas em todo o mundo, das quais mais de 316.000 morreram.

Mais de 1,7 milhões foram já dados como recuperados.

 

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