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Marques Mendes: “João Leão esteve bem na estreia como ministro das Finanças”

O comentador social-democrata afirmou que o novo ministro das Finanças andou bem na sua estreia. Para sua sorte, “as expectativas são baixas”, até porque quem manda é António Costa.
21 Junho 2020, 21h45

O comentador Luís Marques Mendes disse no seu habitual comentário na SIC que o novo ministro das Finanças, João Leão, “esteve bem na estreia” no novo lugar que ocupa, por ocasião da apresentação e debate do Orçamento Suplementar no Parlamento. “O verdadeiro ministro das Finanças é agora António Costa”, numa quadro em que as expectativas face ao novo ministro não são grandes – o que é sempre uma boa forma de começar. Marques Mendes foi ainda mais longe, afirmando que não acredita que o próximo Orçamento não passe no crivo da assembleia. “Uma crise política só teria dos beneficiários: o PS e o Chega”.

Sobre a TAP, Marques Mendes diz que “não se compreende os atrasos” e que “é um caso gritante de capacidade do Governo para decidir”. “As negociações entre o Estado e os acionistas privados arrastam-se. O tempo certo da decisão já passou o que quer dizer que há todos os ingredientes para tudo correr mal”.

Já sobre o Novo Banco, Marques Mendes disse que “António Ramalho foi atacado por todos os lados, de forma injusta. Ele não disse que pediu dinheiro extra, disse apenas que, por causa da pandemia, talvez precise mesmo do que está no contrato”, os 3,9 mil milhões de euros. “Há um documento que é um contrato assinado entre o Estado português e a União Europeia“ sobre as transferências, que os deputados devem pedir com urgência ao Governo.

Por outro lado, “ando há três semanas a mostrar que a situação está controlada no país mas está descontrolada em Lisboa”, disse Luís Marques Mendes, para afirmar que “a grande questão é perceber-se porque é que o Governo” não atuou há uma semana ou há duas. Para Marques Mendes, o Governo devia “ter andado mais cedo”. Não o tendo feito, resta agora que amanhã, da reunião entre Costa e os autarcas das regiões mais atingidas da Grande Lisboa, resultem decisões que possam ser tomadas de forma rápida. O Governo faz bem em tomar medidas e penalizar se for o caso”.

Marques Mendes afirmou ainda que não entende as razões que levam alguns países a fecharem as portas a pessoas oriundas de Portugal. Não tendo crido na teoria de que Portugal resolveu a pandemia de forma excecional, da mesma forma o antigo líder social-democrata não entende as reservas de alguns países.

“Há um trabalho diplomático que tem de ser feito”, para explicar aos países que têm algumas reservas face a Portugal que o indicador (o de novos casos diários) que estão a observar não é o único que existe. Mais: “na União, cada um faz o que quer nesta matéria, o que não é aceitável”, disse ainda.

Marques Mendes afirmou que a realização da fase final da Liga dos Campeões “é uma boa notícia”, mas considerou que o ‘happening’ que a propósito foi organizado pelo poder político foi manifestamente exagerado. De qualquer modo, “é importante para a imagem de Portugal no mundo”.

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