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Meloni saúda ter prevalecido posição italiana no Pacto de Migrações

“Começou um debate com a Alemanha sobre o pacto, porque este país pediu para adicionar uma alteração que, na minha opinião, dava passos atrás na questão das ONG”, disse Meloni numa entrevista ao canal de televisão Sky TG24.
4 Outubro 2023, 18h18

A primeira-ministra italiana, Giorgia Meloni, saudou hoje o facto de ter prevalecido a posição italiana no Pacto Europeu sobre Migração, após a retirada de uma alteração apresentada pela Alemanha sobre ONG.

“Começou um debate com a Alemanha sobre o pacto, porque este país pediu para adicionar uma alteração que, na minha opinião, dava passos atrás na questão das ONG”, disse Meloni numa entrevista ao canal de televisão Sky TG24.

A versão acordada do Regulamento de Crise eliminou o artigo que dizia que as missões de resgate de ONG não podiam ser consideradas razões legítimas para ativar medidas especiais de crise.

A Itália foi o país que mais obstáculos colocou à aprovação do último ponto do acordo, o Regulamento de Crise, e interrompeu as negociações na semana passada durante uma reunião em Bruxelas dos ministros europeus do Interior.

Nessa reunião, a maioria dos Estados-Membros manifestou-se a favor da proposta, incluindo a Alemanha, que se absteve de apoiá-la em julho, mas a Itália pediu tempo para estudar o texto em profundidade, especialmente a questão que tinha ver com uma menção às ONG que realizam operações de resgate no Mediterrâneo e que tinha sido incluída pela Alemanha.

“Não se pode ser solidário senão nas fronteiras de outros”, respondeu no dia seguinte a primeira-ministra italiana, Giorgia Meloni, em pleno conflito com Berlim sobre o financiamento que o Governo alemão fornece a algumas ONG que depois desembarcam os resgatados nos portos italianos, pela sua proximidade.

O ministro dos Negócios Estrangeiros italiano, Antonio Tajani, descreveu hoje o acordo alcançado como um “sucesso para a Itália”.

Para avançar com o Pacto Europeu sobre Migração era necessária uma maioria qualificada do Conselho, ou seja, pelo menos 55% dos países que representassem pelo menos 65% da população da UE.

Uma vez formalizado, o próximo passo será o início das negociações deste dossiê com o Parlamento Europeu.

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