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“Mercado habitacional existe e precisa do parque público e mercado privado”, afirma Marina Gonçalves

A atual membro do secretariado nacional do Partido Socialista (PS) não tem dúvidas de que a prioridade do partido é o reforço do parque público. “Cabe ao Estado essa responsabilidade de responder às famílias com menores rendimentos, às famílias da classe média”, salienta.
  • A ministra da Habitação, Marina Gonçalves, no arranque da conferência promovida pelo JE e pelo NOVO. Fotografia de Cristina Bernardo.
22 Fevereiro 2024, 19h37

Marina Gonçalves defende a necessidade de tornar o mercado de habitação “saudável” e que para isso ser possível é preciso que se juntem todas as duas partes envolvidas: parque público e sector privado. A Ministra da Habitação partilhou esta ideia durante a conferência ‘Habitação! Soluções e Propostas para a Legislatura’, que decorreu esta quinta-feira, 22 de fevereiro, em Lisboa.

“O mercado habitacional existe, deve ser saudável e para ser saudável precisa não apenas do parque público precisa, obviamente, do mercado privado e aquilo que o Partido Socialista quer, é que ele obviamente, seja saudável. Para ser saudável, precisamos das duas partes. Não há arrendatário sem senhorio e não há senhorio sem arrendatário”, referiu.

Numa altura em que os partidos se encontram em campanha para as eleições legislativas de 10 de março, Marina Gonçalves assumiu que a prioridade dos socialistas passa por investir no reforço do parque público habitacional. “Cabe ao Estado essa responsabilidade de responder às famílias com menores rendimentos, às famílias da classe média com o reforço do parque público. Esta é a resposta de Portugal que está a ser criada”, afirmou salientando que é preciso arrepiar caminho.

“Este é um caminho que se faz caminhando. E por isso é que são necessários orçamentos mais céleres e mais eficazes na resposta ao mercado habitacional”, realçou Marina Gonçalves, fazendo uma retrospetiva daquilo que foram os oito anos de governação socialista e das políticas de habitação. “Não estamos hoje onde estávamos em 2015. Fomos evoluindo nas parcerias, numa matéria que às vezes nos esquecemos que foi o IVA na construção, que não era a 6% para a construção, a não ser nas ARU [Áreas de Reabilitação Urbana]”, enfatizou.

A ministra da Habitação recordou ainda que, durante um ano, o programa ‘Mais Habitação’ foi discutido com todas as forças políticas e todo o sector imobiliário, tendo sido alcançado o consenso ou linhas de consenso possíveis em determinadas matérias. “Temos de olhar para o futuro e perceber como estas medidas vão ser concretizadas”, salientou, assumindo que os projetos de arrendamento acessível são o foco do dia de hoje.

“Temos feito este caminho para perceber como é que a sustentabilidade das operações, que é para nós fundamental na perspetiva do arrendatário, mas também obviamente, na perspetiva do promotor. Temos feito este caminho para conseguir fazer esta esta avaliação de sustentabilidade”, afirmou Marina Gonçalves.

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