O Sindicato dos Bancários do Norte (SBN) requereu, junto do Ministério do Trabalho, o novo enquadramento laboral que irá vigorar nos próximos dois anos devido à continuada intransigência demonstrada pelos representantes da Caixa Geral de Depósitos (CGD) no processo negocial em curso para a revisão do Acordo de Empresa.
Em comunicado, o sindicato garante não estar disponível para chegar a um novo acordo com o banco de Paulo Macedo dado não respeitar os acordos da convenção anterior.
“O SBN não está disponível para chegar a acordo com a administração da CGD tendo por base uma proposta de revisão que viola o princípio da não diminuição de direitos decorrentes da convenção coletiva anterior”, cita o comunicado, divulgado esta quinta-feira, as declarações de Mário Mourão, presidente do SBN.
A decisão surge na sequência de “mais de uma dezena de reuniões” com os representantes da CGD, sem que até ao momento “fosse demonstrada qualquer intenção de ultrapassar este impasse e apresentar uma proposta que permitisse a conclusão das negociações com o mínimo de dignidade para os trabalhadores representados por este sindicato”, justifica o comunicado.
O SBN pautou a sua atuação neste processo de boa fé negocial, demonstrando em todos os momentos esperança na obtenção do consenso negocial. No entanto, e tendo em conta que o processo negocial, por responsabilidade da CGD, já se arrasta há demasiado tempo, este sindicato tomou a iniciativa de solicitar a Conciliação.
“Infelizmente a CGD não mudou até hoje a sua posição de intransigência ou indisponibilidade para a aceitação do mínimo indispensável que pudesse viabilizar o acordo final. Demos conhecimento da nossa decisão à CGD, mas estamos dispostos a voltar ao diálogo se a CGD mudar de opinião e se dispuser a continuar as negociações de forma convincente e verdadeira”, garante Mário Mourão, presidente do SBN.
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