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Onde estão os bancos quando precisamos?

O presidente-executivo da TAP esteve na Madeira para prestar esclarecimentos na Assembleia Regional, mas a visita de Antonoaldo Neves não serviu de muito, no que toca a apaziguar os ânimos nas relações entre a Região e a companhia aérea que, por decisão do atual Governo da República, continua a pertencer, em parte, a todos os portugueses.
4 Outubro 2018, 00h35

O presidente-executivo da TAP esteve na Madeira para prestar esclarecimentos na Assembleia Regional, mas a visita de Antonoaldo Neves não serviu de muito, no que toca a apaziguar os ânimos nas relações entre a Região e a companhia aérea que, por decisão do atual Governo da República, continua a pertencer, em parte, a todos os portugueses.

No entanto, Antonoaldo Neves tem razão quando afirma que o problema não é o preço dos bilhetes da TAP, porque a operadora está inserida num mercado muito competitivo e tem de suportar custos de investimento e de manutenção que, de outra forma, terão de ser pagos pelos acionistas, incluindo o Estado. Isto ainda que haja de facto alguma margem para a companhia baixar os preços.

Como resolver então o problema? Tanto Antonoaldo Neves como o vice-presidente Pedro Calado já adiantaram uma solução: encontrar um banco ou intermediário financeiro que assegure o pagamento às companhias dos valores remanescentes dos bilhetes dos cidadãos residentes na Madeira, acertando depois contas com o Governo Regional. Esta solução é eventualmente a que melhor serve os interesses dos madeirenses, bem como o interesse da República.

O Governo Regional e o Executivo central têm obrigação de trabalhar em conjunto no sentido de encontrarem uma forma que resolva o problema, sem calculismos eleitorais. E a TAP? Tem obrigação de não esquecer que continua a ser detida, em grande parte, pelo Estado português. E que deve agir em conformidade, no interesse dos seus acionistas.

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