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ONU alerta sobre aumento dos sentimentos antissemitas

“O antissemitismo é muitas vezes o sinal de aviso de que os crimes e as atrocidades estão a chegar. Temos de o condenar em todas as formas, juntamente com o fanatismo, a intolerância e o ódio”, afirmou Turk através de um comunicado.
24 Janeiro 2025, 10h39

O Alto-Comissário das Nações Unidas para os Direitos Humanos, Volker Turk, disse hoje que o antissemitismo é um fenómeno crescente nas ruas e nas redes sociais, frisando que os judeus enfrentam cada vez mais intimidações, ameaças e violência.

As declarações de Turk ocorrem a poucos dias de se assinalarem os 80 anos sobre a libertação do campo de concentração e extermínio nazi de Auschwitz-Birkenau.

“O antissemitismo é muitas vezes o sinal de aviso de que os crimes e as atrocidades estão a chegar. Temos de o condenar em todas as formas, juntamente com o fanatismo, a intolerância e o ódio”, afirmou Turk através de um comunicado.

O Dia Internacional em Memória das Vítimas do Holocausto é celebrado todos os anos a 27 de janeiro, recordando o dia em que Auschwitz foi libertado, em 1944 pelas forças soviéticas.

Para o Alto-Comissário, o genocídio dos judeus pelo regime nazi é um “momento aterrador” ao ódio e que significa o derradeiro aviso contra os perigos da política de identidade.

“Temos de contar a História para não a esquecer e a educação sobre o Holocausto é uma das melhores vacinas contra o preconceito, a desumanização e o racismo”, sublinhou o Alto-Comissário, de origem austríaca.

“Aconteceu, por isso, pode voltar a acontecer em qualquer lugar”, disse Turk citando Primo Levi (1919-1987), químico e escritor italiano que foi um dos sobreviventes libertados de Auschwitz há 80 anos.

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