O Papa Francisco ofereceu a sua “bênção e parabéns” ao presidente eleito dos Estados Unidos, Joe Biden, na tentativa de reconstruir o relacionamento com Washington após quatro anos de relações às vezes tensas outras vezes apenas inexistentes com o presidente Donald Trump.
A conversa foi anunciada pela equipa de transição de Joe Biden, que se tornará apenas o segundo presidente católico romano na história dos Estados Unidos – depois de Kennedy –quando entrar na Casa Branca em 20 de janeiro.
“O presidente eleito agradeceu a Sua Santidade pelas bênçãos e parabéns e notou o seu apreço pela liderança de Sua Santidade na promoção da paz, reconciliação e laços comuns da humanidade em todo o mundo”, disse a equipa de Biden em comunicado.
“Biden expressou o seu desejo de trabalhar em conjunto, com base numa crença partilhada na dignidade e igualdade de toda a humanidade em questões como os cuidados dos marginalizados e pobres, a crise das mudanças climáticas e o acolhimento e integração dos imigrantes e refugiados nas nossas comunidades”, diz o comunicado.
O Papa Francis entrou em confronto com Trump numa série de questões, incluindo a China, as mudança climática, Cuba e a imigração.
Em fevereiro de 2016, quando Trump ainda era apenas candidato à presidência, Francisco criticou a sua promessa de construir um muro ao longo da fronteira com o México, dizendo que um homem que queria construir muros “não é cristão”.
Depois de Trump ser eleito, Francisco criticou a decisão do presidente de se retirar do Acordo de Paris para limitar o aquecimento global e a política do seu governo de separação das famílias de imigrantes que entram nos Estados Unidos.
O Papa Francisco disse noutra ocasião que não podia concordar com a decisão de Trump de reverter um acordo que o Vaticano ajudou a intermediar durante o governo Obama para incentivar o comércio e as viagens entre Cuba e os Estados Unidos.
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