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Portugueses preferem ter seguro de saúde e desvalorizam mais o de vida

Dos 1.412 participantes num estudo da Portal da Queixa e da Belt Seguros, quase todos disseram que têm um seguro e cerca de metade (51%) um seguro de saúde. Por outro lado, mais de oito em cada vez admite que não estar a pensar contratar um seguro de vida.
16 Janeiro 2024, 14h32

Os portugueses preferem contratualizar seguros de saúde em vez de vida. A quantidade de pessoas que têm seguro de saúde é mais do dobro das que têm seguro de vida, de acordo com um estudo da Portal do Queixa e da Belt Seguros, divulgado esta terça-feira.

Dos 1.412 participantes no inquérito, quase todos (94%) disseram que têm um seguro e cerca de metade (51%) um seguro de saúde. Por outro lado, mais de oito em cada vez admite que não estar a pensar contratar um seguro de vida. Questionados sobre a razão da falta de interesse, quase 70% dos inquiridos acha que o seguro de vida é demasiado caro ou não é essencial. Todavia, metade (51%) diz que pode considerar a adquirir um, dependendo do custo, que dê segurança financeira.

“Enquanto contratar um seguro de saúde é já encarado como sendo absolutamente necessário por parte dos consumidores portugueses, contratar um seguro de vida é algo que a maioria não contempla, de acordo com os resultados do estudo. Tal revela, acima de tudo, uma falta de literacia financeira e desinformação, que é absolutamente necessário colmatar”, declara a CEO do Portal da Queixa.

Na opinião de Sónia Lage Lourenço, os consumidores portugueses precisam de estar mais “familiarizados com o que implica contratar um seguro”. “Observamos que 90% dos inquiridos mencionam que a proteção da família é a sua principal prioridade, mas não contemplam contratar um seguro que os proteja. Dos seguros não obrigatórios, optam apenas pelo de saúde, desde logo, por ser o de mais fácil compreensão. Urge, por isso, informá-los sobre o real propósito da contratação de seguros, como garantia de estabilidade própria e familiar a longo prazo”, adverte a CEO.

A ideia é corroborada pelo cofundador e sócio da Belt: “O estudo permitiu evidenciar que há muita desinformação sobre o custo de um seguro de vida. Infelizmente, há um conceito falso ligado ao seguro de vida que reflete um pouco da iliteracia financeira no nosso mercado: muitos pensam que um seguro de vida é um produto que enriquece uma família em vez de a proteger”.

“Portanto, o público em geral pensa em capitais milionários que são acessíveis a uma parcela muito pequena da população. Contudo, a grande relevância do seguro de vida, que chega a atingir penetrações acima de 75% nos países anglo-saxónicos, é dar estabilidade financeira a uma família durante um período de transição diante de uma perda importante do rendimento familiar”, afirma Leandro Almeida.

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