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Presidente da TAP diz que existe distorção sobre tarifas para a Madeira e que preços médios são de 100 euros

Na audição parlamentar Antonoaldo Neves esclareceu que a Madeira “não é uma rota de serviço público” e que os preços módicos estão relacionados com o estímulo da procura e quem sem isso não se consegue adicionar lugares para a Madeira como a TAP tem feito.
  • António Pedro Santos/Lusa
2 Outubro 2018, 15h29

O presidente da TAP, Antonoaldo Neves, voltou a reforçar a ideia de que as tarifas da companhia aérea são módicas e têm um preço médio de 100 euros, durante a audição parlamentar que decorreu na Assembleia Legislativa da Madeira. O gestor da empresa diz que existem factos distorcidos sobre as tarifas e que existe uma discussão superficial sobre este assunto que prejudica a TAP. Por várias vezes Antonoaldo Neves solicitou a saída da comunicação social e de todos os presentes na sala para responder a determinadas questões colocadas pelos deputados.

“Quem faz a política de tarifas são os trabalhadores da companhia. Não é o presidente. Quando se diz que as tarifas da TAP são pornográficas é um adjetivo que não deve ser utilizado. Não temos trabalhadores pornográficos”, explica.

Antonoaldo Neves clarificou que o termo módico está relacionado com o “estímulo da procura” e que sem este estímulo “não se consegue” adicionar lugares como a TAP tem feito com a Madeira.

O presidente da TAP durante a comissão de inquérito fez uma simulação de uma viagem para 20 de dezembro e 1 de janeiro, no sentido Madeira, Lisboa, Madeira, são 150 euros, no máximo, criticando a comunicação social por publicar tarifas que considera “serem falsas”, e que isso prejudica a companhia aérea.

Em resposta aos deputados Antonoaldo Neves disse que a TAP é uma companhia privada e não uma empresa pública.

O gestor esclareceu que está a estudar financiamento em que a família “não tenha” que adiantar o preço da viagem, e que a TAP tem sensibilidade para esse tipo de questão, mas lembrou que a companhia aérea funciona num regime concorrencial.

“A Madeira não é obrigação de serviço público. A TAP não tem nenhuma rota de serviço público”, defendeu Antonoaldo Neves.

O presidente da TAP acrescentou ainda que “não pode descriminar destinos” rejeitando assim a ideia de que a empresa descrimine a Madeira na questão dos cancelamentos de voos.

Durante a audição parlamentar Antonoaldo Neves assegurou que 60% dos voos cancelados para a Madeira se deveram a motivos meteorológicos, e garantiu que cancelar voos para a Madeira não é mais caro do que em outros destinos.

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