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Reabilitação em Portugal ainda está longe dos números europeus

Em 2018, o segmento da reabilitação urbana está a viver uma evolução positiva, atendendo aos números alcançados no ano anterior, tendo encerrado o primeiro semestre do ano em ritmo de consolidação.
24 Novembro 2018, 14h00

A reabilitação urbana apresentou, ao longo de 2018, uma evolução “bastante positiva”. De acordo com o Barómetro da Reabilitação Urbana, em setembro, o nível de atividade apresentava uma variação positiva de 19,6% em termos homólogos. De igual modo, o índice que mede a evolução da carteira de encomendas das empresas no segmento da reabilitação urbana registava um aumento de 30,5%.

“Porém, é necessário ter presente que, a dinâmica atual do mercado imobiliário não se resume à reabilitação urbana”, reforça  Manuel Reis Campos, presidente da CPCI – Confederação Portuguesa da Construção e do Imobiliário e da AICCOPN  Associação dos Industriais da Construção Civil e Obras Públicas, em declarações ao Jornal Económico, destacando ainda que, no que concerne ao licenciamento de fogos novos, este indicador regista, até final do mês de agosto, um crescimento 39,6%. Uma progressão, acrescenta, que “evidencia uma forte recuperação”.

Recordando que, entre 2001 e 2014, se assistiu a uma queda de 94,1%, “na sequência daquela que foi a pior crise de que há registo nesta atividade”, acrescenta ainda que esta evolução “era esperada e necessária”. Os dados oficiais do licenciamento de obras, mostram que o peso da reabilitação urbana, que atingiu os 42,1% no referido ano de 2014, se situou, no último semestre, nos 31,6%.

Diante deste cenário, Manuel Reis Campos sublinha ainda que, não obstante a evidente importância do segmento da reabilitação urbana, “o seu peso no setor, que se estima em cerca de 10%, continua muito longe dos 36,8% que se verificam na restante Europa”.

De entre os mais recentes dados sobre o segmento da reabilitação urbana, obtidos no já referido inquérito mensal, realizado pela AICCOPN aos empresários do setor da construção que atuam neste mercado, embora o índice sobre o nível de atividade apresente uma variação positiva de 19,6% em termos homólogos, este é um valor que, apesar de ainda representar um ritmo de crescimento significativo, traduz um abrandamento face aos 34,8% verificados em agosto.

O índice que mede a evolução da carteira de encomendas das empresas no segmento da reabilitação urbana registou, em setembro, um aumento de 30,5% em termos homólogos, valor que é superior aos 24,1% registados no mês anterior.

Quanto à produção contratada em meses, ou seja o tempo assegurado de laboração a um ritmo normal de produção, este indicador fixou-se em 8,6 meses, em setembro, valor que representa um acréscimo de 13,7%, em termos homólogos.

Este cenário compara com o mês de julho, altura em que a análise elaborada pela AICCOPN apontava para a consolidação do crescimento do segmento.

Os dados obtidos no inquérito mensal mostravam que o índice que mede a evolução do nível de atividade manteve a tendência de crescimento significativo verificada ao longo dos últimos meses, ao registar uma variação de 47,7%, em termos homólogos e 1,5% face ao mês anterior.

O índice que mede a evolução da carteira de encomendas das empresas no segmento da reabilitação urbana mantém-se em níveis elevados, observando-se, em julho, um aumento de 33,0% em termos homólogos. Quanto à produção contratada em meses, ou seja o tempo assegurado de laboração a um ritmo normal de produção, este indicador fixou-se em 8,7 meses, em julho, valor que representa um acréscimo 0,4%, em termos homólogos, e de 15,4% face ao observado no mês anterior.

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