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Reserva Federal mantém inalteradas taxas de juro

Em março, as projeções económicas da autoridade monetária norte-americana apontavam para dois a três cortes da taxa diretora este ano, mas a Reserva Federal tem vindo a mudar a sua perspectiva, dado o caminho lento da inflação em direção à meta de 2% e a manutenção de um mercado laboral forte.
12 Junho 2024, 19h04

A Reserva Federal (Fed) norte-americana manteve inalteradas a sua taxa de juro diretora, no intervalo entre 5,25% e 5,50%, em linha com as expectativas da larga maioria dos investidores e economistas.

A decisão foi anunciada, em comunicado, esta quarta-feira, 12 de junho, no final da reunião de dois dias do Federal Open Market Committee (FOMC).

De acordo com o “CME FedWatch Tool”, apenas 9% dos investidores esperavam um corte das taxas de juro em julho. Já face a uma redução do preço do dinheiro em setembro, a proporção mais do que quintuplica, para 47%.

Um inquérito feito pela “Reuters” concluiu que a maioria dos economistas consultados (74 em 116) espera que o primeiro corte na taxa diretora tenha lugar em setembro. Cerca de 60% dos inquiridos esperam, também, que a Fed leve a cabo dois cortes este ano.

No “Dot Plot”, o sistema em que participam os sete membros do conselho de governadores e os 12 governadores dos bancos regionais e que procura indicar tendências para a política monetária, é sinalizado apenas um corte das taxas de juro este ano, quando em março apontava para dois ou três.

“Os indicadores recentes sugerem que a atividade económica continuou a expandir-se a um ritmo sólido. Os ganhos de emprego permaneceram fortes e a taxa de desemprego permaneceu baixa”, refere o FOMC, no comunicado.

“A inflação diminuiu no ano passado, mas permanece elevada”, acrescenta, utilizando uma linguagem idêntica ao do comunicado da última reunião, mas acrescenta que “nos últimos meses, houve progressos modestos em direção ao objetivo de inflação de 2%”, quando em março considerou que tal não se verificava.

A Reserva Federal tem vindo a mudar a sua perspectiva, dado o caminho lento da inflação em direção à meta de 2% e a manutenção de um mercado laboral forte.

No comunicado, o FOMC considera que não é “apropriado reduzir o intervalo da taxa diretora até que tenha ganhado uma maior confiança de que a inflação está a evoluir de forma sustentável para 2%”.

Acrescenta que continuará a reduzir as existências em títulos do Tesouro, dívida de agências públicas e títulos garantidos por hipotecas.

“O FOMC está fortemente empenhado em fazer com que a inflação regresse ao seu objetivo de 2%”, reforça.

(atualizada às 19h27)

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