A administração da massa insolvente da Multiparques, a sociedade responsável pelo parque de campismo Zmar, afirma que irá “fazer valer os direitos colocados em crise” pela requisição civil e fala de preocupações entre os seus trabalhadores, dada a elevada possibilidade de insolvência.
A sociedade revela que os trabalhadores do parque temem que a requisição civil deste espaço para o acolhimento e isolamento dos trabalhadores migrantes da região de Odemira torne “irremediável” a liquidação da empresa, que estimava a reabertura do espaço para dia 28 de maio.
Em comunicado divulgado esta terça-feira, a administração do parque de campismo relembra que estão em perigo mais de 100 postos de trabalho, caso a empresa tenha mesmo de avançar com a insolvência, um cenário que se afigura como inevitável porque, argumentam, “não há previsão de quanto tempo o espaço será objeto da requisição civil”.
A sociedade sublinha que o plano de recuperação da empresa previa a reabertura do empreendimento turístico no final deste mês, a dia 28, situação que levaria os trabalhadores a regressarem aos seus postos dia 3 de maio, esta segunda-feira. No entanto, a decisão do Governo de requisitar o espaço para o alojamento temporário em isolamento de migrantes em situações de risco pandémico acarreta um “grande desânimo” para estes trabalhadores, já que impede a “normal atividade turística do resort”.
“O alojamento de cidadãos (sejam eles infetados, isolamentos profiláticos ou acolhimentos provisórios) dentro das instalações do Zmar, torna incompatível a normal utilização dos proprietários de casas no Zmar e com a normal atividade turística do resort, pelo que neste momento, a administração da Massa Insolvente em articulação com os proprietários, não prescinde de, na sede própria, fazer valer os direitos colocados em crise pela referida requisição civil”, conclui o comunicado.
Recorde-se que Eduardo Cabrita, ministro da Administração Interna, se deslocou à região esta terça-feira, onde reforçou que a requisição civil se manterá e que o parque de campismo poderá albergar “entre 90 a 120 pessoas” que não possuam condições para cumprir um período de isolamento profilático.
“Estamos a falar de um parque de campismo em situação de insolvência em que o Estado é, alias, o maior credor. É num quadro que está disponível, de uma unidade que está encerrada na sua atividade”, afirmou o ministro.
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