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Vendas da Cupra em Portugal disparam 58% em 2023

Contrariamente ao que era antecipado pelo mercado, a Seat deverá manter-se como marca autónoma dentro do grupo, “com novos investimentos e a renovação” dos modelos históricos Ibiza, León e o Ateca.
  • 16 – Seat ARONA
21 Março 2024, 10h05

A Seat/Cupra registou lucros operacionais de 625 milhões de euros em 2023, um valor recorde face aos 33 milhões registados no ano anterior. Em conferência de imprensa esta quinta-feira em Barcelona, a marca espanhola – que integra o grupo Volkswagen – anunciou um volume de negócios de 14,3 mil milhões de euros, com uma rentabilidade de 4,4%.

“Isto representa uma melhoria da rentabilidade sobre as vendas 4,1 pontos percentuais, passando de 0,3% para 4,4%. O volume de negócios também alcançou um máximo histórico de 14.333 milhões de euros, 31% mais do que em 2022 (10.941 milhões). Estes resultados confirmam a força da companhia e o êxito da sua atual estratégia de transformação”, indicou a marca espanhola, sediada em Martorell, no comunicado distribuído com os resultados.

Contrariamente ao que era comentado nos mercados, a Seat deverá manter-se como marca autónoma dentro do grupo, “com novos investimentos e a renovação” dos modelos históricos Ibiza, León e o Ateca. Aliás, disseram os responsáveis da marca, a Seat está mais viva do que nunca”. “Foram os melhores resultados financeiros  nos 73 anos da Seat”, afirmou o CEO da marca, Wayne Griffith. “Está de excelente saúde e vai continuar a contribuir para o crescimento” do grupo. 

O dirigente da Seat reconheceu o impacto nos últimos anos do custo das matérias primas, a inflação, o impacto da guerra bem como a disfunção nas cadeias de abastecimento. Mas em 2023, esse impacto foi muito menor, o que permitiu aumentar a produção e a entrega de carros. A Seat entregou 519.176 veículos (mais 34,6%  do que os 385.592 de 2022).

Wayne Griffiths explicou que o êxito das vendas da Seat assentou, sobretudo, em dois modelos com grande crescimento de vendas: o Seat Arona, o mais vendido, com 89 mil unidades, e o Ibiza, com 78 mil carros. Espanha, Alemanha e Reino Unido foram os principais mercados em vendas para a Seat.

Mas foram os desportivos Cupra que impulsionaram o recorde de vendas em 2023 (de 14,3 mil milhões de euros). A Cupra entregou 230 mil carros no ano passado, o que – disse Griffiths – tornam “a Cupra numa das marcas europeias com mais rápido crescimento”.

Em Portugal, de acordo com números a que o JE teve acesso, as vendas da Cupra cresceram 54% em 2023, para um total de 2.500 carros. Já a Seat cresceu no mesmo ano completo cerca de 34%, para um total de 8.264 unidades vendidas.

O mercado espanhol representa cerca de 15% de todas as vendas da Seat, o que – explicou depois o vice-presidente executivo de Finanças da Seat, David Powels – atesta a maior vocação exportadora da marca espanhola.

No evento, Griffiths também revelou que a Cupra – cuja meta de médio prazo na Europa vai ser a de vender 500 mil unidades – vai entrar no mercado norte-americano até ao final da década. 

“A Cupra entrará nos Estados Unidos em finais desta década. O nosso plano é lançar a versão elétrica do Formentor e um crossover SUV elétrico maior. Este crossover SUV vai ser produzido nas fábricas do Grupo Volkswagen na América do Norte, incluindo as do México. Num primeiro momento, a Cupra será lançada num conjunto de estados das costas Leste e Oeste. E tudo isto, através de um novo modelo de distribuição”.

E já este ano, a Cupra vai lançar os seus novos modelos Tavascan e Terramar, aproveitando o impulso da escolha de Barcelona como cidade de partida da 37ª edição da corrida de veleiros America Cup.

* o repórter do Jornal Económico viajou a Barcelona a convite da Seat.

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