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Serviço público dá prejuízo às farmácias, conclui estudo da ANF

Associação Nacional de Farmácias salienta as conclusões do estudo “Sustentabilidade da Dispensa de Medicamentos em Portugal”, realizado pela Universidade de Aveiro em colaboração com a sociedade de revisores oficiais de contas Oliveira, Reis & Associados.
25 Setembro 2018, 18h51

A Associação Nacional de Farmácias (ANF) emitiu hoje um comunicado no qual destaca as conclusões do estudo “Sustentabilidade da Dispensa de Medicamentos em Portugal”, realizado pela Universidade de Aveiro em colaboração com a sociedade de revisores oficiais de contas Oliveira, Reis & Associados. De acordo com o comunicado, a principal conclusão do estudo é que “as farmácias portuguesas têm prejuízo na dispensa de medicamentos comparticipados pelo Estado à população”.

Segundo o mesmo comunicado, “tendo por base dados reais de uma amostra de 1.470 farmácias, em 2015 e 2016, o estudo concluiu que são perdidos sete cêntimos por cada dispensa de medicamentos comparticipados. Durante este período de análise, o resultado líquido da farmácia média teve resultados negativos. Em 2015, foi de -3.434€ e agravou-se para -3.836€ em 2016. As projeções para 2017 indiciam uma ligeira recuperação, com o prejuízo estimado em -1757€, ainda assim ‘insuficiente para reverter a situação económica do setor’, alertam os autores do estudo”.

“Este prejuízo atinge mais de metade da rede, com 63% das farmácias a sofrerem resultados negativos com o mercado regulado. Os medicamentos comparticipados representam 72% das vendas totais das farmácias. Os preços e as margens sofreram cortes no valor de 286 milhões de euros até 2016. O número de farmácias em situação de insolvência ou penhora em Portugal não para de aumentar. São 22,8% os estabelecimentos nesta situação, segundo os últimos dados do MOPE do Centro de Estudos e Inovação em Saúde (CEFAR), que analisou a situação de 2.922 farmácias”, acrescenta a ANF.

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