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Três projetos nacionais com financiamento de seis milhões do Conselho Europeu de Investigação

Investigadores das Universidades Nova e de Coimbra e do Instituto de Medicina Molecular figuram entre os vencedores das bolsas Consolidator Grants 2023, cujos resultados foram divulgados esta quinta-feira, 23 de novembro.
23 Novembro 2023, 12h54

Há três projetos de investigadores a desenvolver atividade em Portugal no grupo dos 308 selecionados no concurso Consolidator Grants do Conselho Europeu de Investigação (European Research Council – ERC) 2023, anunciou este organismo esta quinta-feira, 23 de novembro. Os projetos portugueses captaram um financiamento de seis milhões de euros, dois milhões de euros cada.

Os projetos são liderados por:

Pedro Sousa-Victor, do Instituto de Medicina Molecular, com o projeto “The Interplay of Aging, Immune Signaling and Stem Cell Function”, que irá analisar as alterações que afetam o sistema imunitário à medida que as pessoas envelhecem.

Manuel Mendes, do Centro de Investigação de Materiais (CENIMAT-i3N) da NOVA, com o projeto “Power-to-X: STREAMing Hydrogen from 3-Band Solar Cells boosted with Photonic Management”, cujo objetivo é criar células solares de alta eficiência, aplicadas por exemplo à cisão da água.

Sidh Mendiratta, Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra, com o projeto “Building Identity: Religious Architecture and Sacral Landscapes of Christian Minorities in India and Bangladesh”, que visa abordar a questão dos desafios críticos enfrentados pelas minorias cristãs na Índia e Bangladesh contemporâneos.

No início deste mês, o ERC (Starting Grant) aprovou um projeto liderado por Portugal, com um financiamento de 1,5 milhões de euros liderado por Catarina Santos, do Centro de Ciências do Mar e do Ambiente (MARE)/Universidade de Lisboa. Designa-se “Planning for Sustainable Ocean Use in Antarctica Under Global Environmental Change” e visa o ordenamento do espaço marinho com o foco na Antártida.

Ciência portuguesa na diáspora

No concurso Consolidator Grants 2023, cujos resultados foram conhecidos hoje, figuram igualmente dois projetos liderados por um investigador e uma investigadora portugueses a desenvolver trabalho no estrangeiro, totalizando um financiamento de quatro milhões de euros.

João Mendonça, da Universidade Técnica da Dinamarca, lidera o projeto “Building Virtual Worlds that Follow Universal Laws of Physics”, que tem como ambição desenvolver o primeiro simulador climático que poderá ser aplicado universalmente a qualquer planeta do sistema solar.

Flor Avelino,  na Universidade de Utrecht, desenvolve o projeto “Power Dynamics in Transformative Social Innovation”, que aborda a questão de como e quando as inovações sociais potencialmente transformadoras são capazes de se traduzir em mudanças genuínas e sustentáveis na sociedade.

Referência ainda para o sucesso de um investigador da diáspora no concurso recente do Synergy Grant 2023. Lourenço Beirão da Veiga, Universidade de Milão-Bicocca, e que tem feito quase todo o percurso profissional em Itália, com um doutoramento realizado na Universidade de Pavia e no IST, foi financiado no âmbito do concurso Synergy Grants, e irá desenvolver em conjunto com instituições em França, Itália e na Austrália, novos métodos para simulações numéricas.

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