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Uber perde licença para operar em Londres

O regulador dos transportes de Londres não renovou a licença da Uber para operar na capital do Reino Unido. A licença atual expira no final do mês. A Uber deverá apresentar recurso da decisão.
  • REUTERS/Toby Melville
22 Setembro 2017, 11h27

A Transport for London (TfL), entidade reguladora dos transportes na capital britânica, decidiu não renovar a licença de operação da Uber London Limited, que termina no próximo dia 30 de setembro.

Num comunicado publicado no seu website, a entidade afirma que a Uber “não tem as condições necessárias para manter a sua licença de operador provado”. No mesmo comunicado pode ler-se que a regulação da TfL pretende “garantir a segurança dos seus passageiros” e que “os operadores privados têm de cumprir critérios rigorosos e demonstrar à TfL que o fazem, para poderem continuar a operar”.

É de esperar uma contestação por parte da Uber a esta decisão – tem 21 dias para o fazer –, não apenas porque poderá continuar a operar até que todos os recursos estejam esgotados, mas porque não deverá querer perder os cerca de 3,5 milhões de utilizadores que tem na cidade, transportados por cerca de 40 mil motoristas.

“Falta de responsabilidade corporativa”
Segundo o regulador, a Uber não se qualifica, baseando a TfL a sua decisão no argumento de a abordagem da Uber ao mercado revelar “uma falta de responsabilidade corporativa relativamente a várias questões com possíveis implicações para a segurança”. A TfL elenca as irregularidades que afirma encontrar na conduta da empresa de transporte de passageiros: “abordagem à denúncia de crimes; forma de obtenção de certificados médicos; verificação de antecedentes criminais dos seus motoristas (de acordo com o Enhanced Disclosure and Barring Service); utilização do software Greyball, que impede o acesso à app da empresa pro parte das entidades oficiais e da polícia.

Recorde-se que a Uber opera em Londres desde 2012 e que a atual licença expirava em maio deste ano. a TfL, no entanto, deu à Uber uma prorrogação de quatro meses, enquanto deliberava o pedido de uma licença de cinco anos, agora rejeitado.

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