O antigo governador da Califórnia e ator Arnold Schwarzenegger divulgou um vídeo por si gravado, onde expressa a sua opinião ao presidente norte-americano Trump, sobre a confirmação da saída do país do Acordo de Paris, a propósito das alterações climáticas.
Num vídeo dirigido ao presidente Donald Trump, o ator Arnold Schwarzenegger inicia o seu discurso dizendo que “um homem não pode destruir o nosso progresso. Um homem não pode parar a nossa revolução de energia limpa. Um homem não pode voltar atrás no tempo. Só eu posso fazer”, brinca, recordando a sua interpretação no ‘Exterminador Implacável’.
“A minha mensagem para si, sr. Trump, é que, enquanto funcionário público e especialmente enquanto presidente, a sua primeira e mais importante responsabilidade é proteger as pessoas”, avança o ator, evocando as milhares de pessoas que morreram no país devido à poluição existente, nomeadamente nos rios.
O ator adverte ainda para a indispensabilidade de “um futuro com energia limpa”, afirmando que “não nos podemos sentar e simplesmente não fazer nada enquanto as pessoas estão a ficar doentes e a morrer, sobretudo quando se sabe que há alternativa”. Olhar para o passado “é mais confortável” e “menos assustador que o futuro que desconhecemos”, reconhece Schwarzenegger. No entanto, o ator defende que “muitos de nós sabemos o que um futuro com energia limpa significa. E isso não é assustador”.
“Por isso, por favor, senhor presidente, escolha o futuro”, apela, acrescentando que “ninguém se lembra das pessoas que disseram ao presidente Kennedy que não se deveria ir à Lua. Lembramos-nos grandes líderes. Dos grandes líderes que não recuaram ao passado, mas de grandes líderes que avançaram em direção ao futuro”. O ator assegurou também que o país irá contestar a decisão.
70% das emissões poluentes poderão ser controladas se cada cidadão tomar essa responsabilidade, avança Schwarzenegger, referindo que o Estado da Califórnia está a crescer desde a sua aprovação de um pacote de medidas para defender o ambiente, enquanto governador. “Proteger o ambiente não destruirá a nossa economia. A questão central é que boas políticas ambientais fazem o oposto. Dão força à economia”, conclui.
