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Um voto contra a esquerda e o bloco central

O PSD enquanto partido reformista deve partir para as próximas eleições legislativas vincando aquilo que difere o PSD dos restantes, deixar um pouco de lado as citações de Sá Carneiro que decerto não concordaria em nada com aquilo que hoje está a acontecer e passar a mensagem de como vamos fazer, enquanto governo, com que o pão que é colocado à mesa seja mais barato sem comprometer as finanças públicas.
23 Novembro 2021, 07h15

Seria demasiado simplista apoiar Paulo Rangel por este querer ser poder pelas mãos do PSD desejando uma maioria absoluta, rejeitando o desejo de alguns em querer ser o suporte de uma esquerda gasta, de poucas e fracas ideias para Portugal, que esconde a incompetência em propaganda barata que, mesmo assim, o PSD tem sido incapaz de
desmontar quer seja nos plenários, mas também nas ocasiões de ouro que são manifestadas nas casa dos portugueses através dos canais televisivos. Olhamos para um lado e para outro e não encontramos diferenças no modelo a que o PS submeteu Portugal.

Convenhamos que fazer parte do leque de países que menos cresce economicamente deve preocupar-nos a todos e querermos, enquanto principal partido da oposição, perpetuar o fraco crescimento aliando-se ao principal causador deste atraso a todos os níveis, admitindo até alianças num eventual bloco central é no mínimo ridículo mas ao mesmo tempo lógico de acordo com o comportamento e estratégias seguidas até agora.

O PSD enquanto partido reformista deve partir para as próximas eleições legislativas vincando aquilo que difere o PSD dos restantes, deixar um pouco de lado as citações de Sá Carneiro que decerto não concordaria em nada com aquilo que hoje está a acontecer e passar a mensagem de como vamos fazer, enquanto governo, com que o pão que é
colocado à mesa seja mais barato sem comprometer as finanças públicas. Remeter propostas para Conselho de Estratégia Nacional é assumir o vazio perante todos os portugueses, num “vai se quiseres” muito tradicional nas tascas.

Não vou afirmar que Rui Rio conseguiu apoios com listas de deputados ou com desejos antigos da regionalização do país, como se neste momento devêssemos concentrar esforços nessa matéria, mas certamente que os seus apoiantes julgam defender o melhor projeto. Eu também julgo defender a melhor candidatura e as urnas vão determinar quem vai liderar o PSD e uma candidatura para governar Portugal.

No fim não vamos ter todos razão, mas tenho a convicção de que após esta eleição o PSD vai sair de um congresso com outra pujança, com clarividência nas ideias e com um novo rumo para Portugal.

Não posso terminar sem lembrar que as regiões autónomas não são apenas votos sob o olhar do caciquismo partidário. Já é tempo de estarmos presentes na discussão do nosso país para que possamos também resolver a nossa vida, abandonando posturas que deram frutos em tempos, mas cuja receita já não colhe aceitação por nada nem ninguém.

Paulo Rangel já deu sinais de que conta com a Madeira para desenvolvermos o país e espero que possamos todos ter a firmeza e convicção de que Portugal não pode continuar pela esquerda. O futuro da Madeira também depende disso.

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