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Papeleiras e Sonae arrastam PSI 20 para terreno negativo

O principal índice nacional, PSI 20, perdeu 0,59% para 5.504,50 pontos, pressionado pelas papeleiras e pela Sonae.
14 Agosto 2018, 17h19

A bolsa portuguesa fechou sessão em queda, esta segunda-feira, dia 14 de agosto, numa sessão marcada pela incerteza nas congéneres europeias. O principal índice nacional, PSI 20, perdeu 0,59% para 5.504,50 pontos, pressionado pelas papeleiras e pela Sonae.

A retalhista liderada por Paulo de Azevedo liderou as perdas na praça lisboeta, tendo desvalorizado 2,80% para 0,953 euros. Também a concorrente Jerónimo Martins fechou em baixa, tendo perdido 0,70% para 12,835 euros.

Em terreno negativo encerraram também as empresas da pasta e do papel, com a Navigator em destaque. A papeleira está ainda a ser pressionada pelo anúncio feito esta segunda-feira pelo Departamento de Comércio dos Estados Unidos de que a a taxa anti-dumping a aplicar sobre vendas de papel para o país, realizadas entre agosto de 2015 e fevereiro de 2017, será de 37.34%. Esta taxa pode representar cerca de 15% do EBITDA da empresa calculado pelo CaixaBank BPI Research.

A Naviagtor, que inicialmente previa que esses produtos não fossem taxados, argumenta que não existem fundamentos para a aplicação de medidas desta natureza às vendas dos seus produtos nos Estados Unidos e vai recorrer da decisão. Depois de terem desvalorizado mais de 18% em bolsa, as ações da empresa continuaram a cair 2,30% para 4,496 euros.

Ainda no setor das papeleiras, a Semapa recuou 2,02% para 18,440 euros e a Altri depreciou 1,15% para 8,570 euros.

No ‘vermelho’ encerraram ainda o BCP (-1,15%), a EDP (-0,41%), a Pharol (-0,66%), a Mota-Engil (-1,23%) e a Ibersol (-0,62%).

A contrabalançar as perdas destacou-se a Galp Energia, ao somar 0,14% para 17,685 euros. A ganhar estiveram ainda a Corticeira Amorim (0,95%), a REN (0,16%), a NOS (0,20%), os CTT (0,25%) e a EDP Renováveis (0,23%).

As restantes bolsas europeias fecharam sem tendência definida. O índice francês CAC 40 recuou 0,16%, o espanhol IBEX 35 depreciou 0,25%, o italiano FTSE MIB desvalorizou 0,30% e o britânico FTSE 100 resvalou 0,40%. Em contraciclo, o alemão DAX somou ligeiramente 0,04% e o holandês AEX avançou 0,05%

“As bolsas europeias foram perdendo o entusiasmo matinal e encerraram na sua maioria em baixa”, explica Ramiro Loureiro, analista do Mtrader, do Millennium BCP. “Os discursos do presidente turco têm sido marcados pela sua postura de confronto com os Estados Unidos, tendo inclusive defendido hoje o boicote aos produtos eletrónicos norte-americanos. Ainda assim não foi impeditivo para que a lira recuperasse face ao dólar”.

Durante a manhã foram também divulgados dados económicos, que apontam para que o crescimento económico na zona euro durante o segundo trimestre do ano tenha ficado acima do esperado. No caso da economia portuguesa, esta cresceu 2,3% entre abril e junho, em comparação com igual período do ano passado, segundo dados revelados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).

A cotação do barril de Brent, que serve de referência para a Europa, desvaloriza 0,43% para 72,30 dólares, enquanto a do crude WTI perde 0,67%, para 66,75 dólares por barril.

No mercado cambial, o euro cai 0,60% para 1,134 dólares e a libra deprecia 0,42%, para 1,271 euros.

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