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Novo imposto de Meloni lança maré “vermelha” nos títulos da banca europeia

O Bank of America estima que o novo imposto lançado por Giorgia Meloni em Itália irá afetar os lucros dos bancos italianos em 2023 numa percentagem compreendida entre 2% a 9%. Para já, as ações da banca já se ressentem.
bolsa mercados
8 Agosto 2023, 09h42

A decisão do Governo italiano de taxar em 40% os lucros extraordinários da banca, no que diz respeito aos exercícios de 2022 e 2023, está a penalizar os índices na Europa.

Surpresa em Itália. Governo decreta imposto de 40% sobre os lucros extraordinários dos bancos

O Governo italiano surpreendeu os mercados ao aprovar a criação de um imposto de 40% sobre os lucros extraordinários dos bancos, avança a “Reuters”. Note-se que este imposto não poderá exceder 25% do património líquido e que o Governo quer arrecadar entre dois e três mil milhões de euros com a implementação desta medida.

Lucros da banca disparam para 950 milhões no trimestre

A taxa, limitada aos resultados referentes aos anos de 2022 e 2023, tem como objetivo, de acordo com o Governo, que a receita que irá arrecadar possa ser diretamente canalizada para apoiar a compra de hipotecas e a redução de impostos.

O Bank of America estima que o novo imposto lançado por Giorgia Meloni em Itália irá afetar os lucros dos bancos italianos em 2023 numa percentagem compreendida entre 2% a 9%.

Como seria de esperar, a notícia do novo imposto (que irá vigorar apenas 2023) causou impacto nas negociações dos títulos da banca. As ações dos bancos do país estão a sofrer fortes perdas no início da sessão: o Intesa Sanpaolo regista quedas que chegam a 8,5% e é responsável por grande parte das perdas do FTSE MIB.

Bper Banca, FinecoBank, Banca Monte dei Paschi di Siena (BCA MPS), Banco Bpm, UniCredit e Banca Mediolanum, Mediobanca e Banca Generali acompanham as quedas do Intesa Sanpaolo no FTSE MIB perdendo entre 1,5% e 7,5%.

Além disso, outros bancos europeus também estão a ser fortemente afetados com as vendas massivas das suas ações como é o caso do Santander e BBVA que se encontram entre os títulos com o pior desempenho no EuroStoxx, assim como o francês BNP Paribas.

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