A presidente do Conselho de Finanças Públicas (CFP), Teodora Cardoso, defendeu esta quinta-feira a necessidade de refletir sobre a organização do setor da saúde e a sua sustentabilidade.
Na apresentação do relatório “Finanças Públicas: Situação e Condicionantes 2018-2022”, Teodora Cardoso alertou para o risco da falta de agregação de informação sobre o setor.
“Há muita informação dispersa sobre o setor da saúde, de forma que tirar conclusões para o futuro não é nada fácil”, disse a líder do CFP, defendendo a necessidade “de trabalhar muito mais isso”, uma vez que considerou, “o setor da saúde é extremamente complexo, quer socialmente, quer economicamente, quer tecnologicamente”.
Alertou que “durante muitos anos, Portugal viveu daquela regra assente na Constituição que diz que a saúde é tendencialmente gratuita”, mas que embora o acesso à saúde seja gratuito para o utente, tem custos.
“Há um factor importante que todos nós conhecemos que é o envelhecimento da população, é inevitável o aumento dos custos com saúde”, disse.
Neste sentido, defende que um aprofundamento sobre o tema “exige não só conhecimento, mas também responsabilidade social”.
“A tal ideia de que isto é gratuito e se pode gastar a vontade não é verdade. Pode ser verdade o acesso a saúde e devemos fazer tudo para que continue a ser, mas esse acesso é caro e deve ser pago. Temos que pensar muito bem a organização do sistema para manter o acesso gratuito à saúde”, concluiu.
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