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Parceria entre China e Arábia Saudita gera preocupações no acesso aos chips de Inteligência Artificial

A AI tornou-se um dos maiores campos de batalha competitiva entre os Estados Unidos e a China no Golfo, onde Riade e Abu Dhabi estão determinados a criar relações comerciais prosperas para incluir a transferência de tecnologia, enquanto mantêm laços fortes com Washington.
10 Outubro 2023, 12h18

A colaboração entre a Arábia Saudita e a China para a Inteligência Artificial (IA) tem gerado receios dentro da instituição académica do Golfo de que os laços podem comprometer o acesso da universidade aos chips fabricados pelos Estados Unidos, que são necessários para criar uma nova tecnologia, segundo o jornal ‘Financial Times’.

A IA tornou-se um dos maiores campos de batalha competitiva entre os Estados Unidos e a China no Golfo, onde Riade e Abu Dhabi estão determinados a criar relações comerciais prosperas para incluir a transferência de tecnologia, enquanto mantêm laços fortes com Washington.

Os Estados Unidos já expandiram os seus requisitos de licença de exportação para unidades de processamento gráfico fabricadas pela Nvidia e pela AMD, impedindo que as entidades chinesas tenham acesso aos chips de ponta que são vitais para a construção de modelos generativos de IA. No entanto, a administração de Joe Biden não conseguiu bloquear as exportações para o Médio Oriente.

Os Estados Unidos estão a realizar esforços para atrair os estados do Golfo para longe da China, incluindo o apoio a um corredor ferroviário e marítimo que liga a Índia e a Europa através do Médio Oriente.

O professor Jinchao Xu, um matemático na universidade King Abdullah de Ciência e Tecnologia, na Arábia Saudita, lançou o AceGPT, um modelo de grande linguagem com foco em árabe, em colaboração com a universidade de Hong Kong e o instituto de Investigação e Big Data de Shenzhen.

Este modelo faz parte do objetivo e dos esforços da Arábia Saudita para se tornar a líder regional no desenvolvimento de tecnologia de IA. Juntamente com os Emirados Árabes Unidos, o Golfo espera competir com as empresas de IA e criar modelos personalizados para as pessoas que falem árabe.

As autoridades ocidentais já expressaram há muito as suas preocupações sobre a crescente transferência de tecnologia entre os seus aliados tradicionais no Golfo e a China.

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