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Lagarde garante que BCE “tudo fará para garantir” que se mantém “numa boa posição”

A presidente do BCE considerou que, do lado do crescimento, “alguns dos riscos negativos recuaram”, um cenário distinto do que se vive no que respeita aos preços, onde a situação é mais incerta.
30 Outubro 2025, 15h11

Christine Lagarde continua a ver o Banco Central Europeu (BCE) “numa boa posição” para responder aos desafios que forem afetando a política monetária na moeda única, embora garantindo que a instituição se manterá atenta a quaisquer desenvolvimentos. Os riscos a pesarem sobre o crescimento acalmaram, destacou, e, embora o desempenho no terceiro trimestre tenha sido longe de brilhante, a presidente do banco central não se mostrou muito preocupada.

“Estamos numa boa posição”, reforçou Lagarde na conferência de imprensa que se seguiu ao anúncio de política monetária de outubro, em que o BCE manteve os juros inalterados pela terceira vez seguida em 2%. Ainda assim, a presidente diz que o banco “tudo fará para garantir que nos mantemos nesta boa posição”.

Lagarde considerou que, do lado do crescimento, “alguns dos riscos negativos recuaram”, um cenário distinto do que se vive no que respeita aos preços, onde a situação é mais incerta. As declarações da presidente surgiram no mesmo dia em que se soube que o bloco euro cresceu 0,2% em cadeia no terceiro trimestre, um resultado próximo do anémico, mas acima do projetado pelo mercado.

“Não me queixaria demasiado do crescimento neste momento”, afirmou, ainda que reconhecendo que “podemos fazer melhor”. A presidente do BCE classificou assim os números como “uma boa notícia”, preferindo destacar “o impacto e consequências” positivas dos mesmos.

Em sentido inverso, a inflação continua sujeita a uma elevada incerteza, com riscos contrários nos próximos meses. Por um lado, o acordo entre EUA e UE, as tréguas comerciais entre norte-americanos e chineses e o cessar-fogo declarado na Faixa de Gaza melhoram as perspetivas para a zona euro, mas, por outro, possíveis impactos do lado da procura ou uma valorização do euro podem levar a um recuo mais pronunciado do que se previa para o indicador de preços.

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