EUA e Reino Unido chegam a acordo para isenção de tarifas no setor farmacêutico
Os Estados Unidos e o Reino Unido chegaram a acordo para a existência de uma isenção de tarifas nas exportações farmacêuticas britânicas para os Estados Unidos.
De acordo com a BBC este entendimento entre britânicos e norte-americanos vai fazer com que aumente os preços pagos pelos medicamentos através do serviço de saúde público britânico em troca de uma isenção, durante três anos, de impostos de importação dos Estados Unidos relativamente aos produtos farmacêuticos que são fabricados no Reino Unido.
O canal televisivo britânico salienta que os termos do acordo estabelece que o Reino Unido aumente o limite de preços a partir do qual considera os novos tratamentos muito caros em 25%. E vai existir também um aumento no valor total gasto pelo Serviço Nacional de Saúde britânico em medicamentos, com o intuito de aumentar esta despesa de 0,3% para 0,6% do Produto Interno Bruto (PIB) nos próximos 10 anos.
O montante que as empresas farmacêuticas devem reembolsar ao Serviço Nacional de Saúde do Reino Unido para garantir que o sistema de saúde não ultrapassa o orçamento atribuído será limitado a 15%, quando no ano anterior se cifrou em mais de 20%.
Isto faz com que pela primeira vez em mais de 20 anos o valor pago pelo serviço público de saúde britânico por medicamentos sofra um aumento.
O Secretário de Estado para os Negócios e Comércio, Peter Kyle, considerou, citado pela BBC, salienta que este acordo assegura que as exportações farmacêuticas do Reino Unido, que atingem pelo menos cinco mil milhões de libras por ano, “entrarão nos Estados Unidos sem tarifas, protegendo os empregos, impulsionando o investimento e abrindo caminho para que o Reino Unido se torne um centro global para as ciências da vida”.
Já o porta-voz da Casa Branca, Kush Desai, referiu, citado pela BBC, que o acordo com o Reino Unido foi um “passo histórico para garantir que outros países desenvolvidos pagam finalmente a sua justa parte”.
A exportação do Reino Unido de medicamentos para os Estados Unidos, nos 12 meses até final de setembro, atingiu os 11,4 mil milhões de libras, o que representa 17,4% de todas as exportações de bens nesse período, tendo em conta os dados do Departamento de Negócios e Comércio.
