Na hora da despedida, presidente da APAVT pede ao Governo que resolva problemas da imigração e aeroporto
Imigração, aeroporto, lei laboral e um país a crescer economicamente. Estes são alguns dos desejos que Pedro Costa Ferreira espera ver resolvidos pelos políticos portugueses. O presidente da Associação Portuguesa das Agências de Viagens e Turismo, encerrou esta quinta-feira, o 50° congresso da APAVT que decorreu em Macau, num discurso que foi também o último neste evento anual, enquanto presidente da APAVT, cargo que irá deixar no final de 2026.
“Um país que precisa de imigrantes, mas que atingiu nesta matéria o pior de dois mundos, não conseguindo nem controlar a sua entrada, nem acolhê-los como merecem”, começou por dizer Pedro Costa Ferreira.
O presidente da APAVT salientou que o país necessita de crescimento económico, mas que não o quer discutir nem planear, da mesma forma que precisa de integrar os colaboradores nas estruturas empresariais, mas que “os amarra a centrais sindicais que não representam ninguém e a uma lei laboral que os trai”, sugerindo que “os defende enquanto estimula o trabalho precário e a dificuldade de mudar de emprego e de vida”.
Sobre as infraestruturas aeroportuária e ferroviária, o presidente da APAVT sublinhou que Portugal se “perdeu no labirinto das decisões, tentando apenas agora, acertar o passo”, mas que precisa também de voltar a pensar, porque se perdeu “no populismo fácil, na grosseria vulgar e na indigência intelectual”.
Em relação ao novo aeroporto de Lisboa, que está planeado para daqui a dez anos, Pedro Costa Ferreira avisa que o país nem sequer consegue colocar polícias nas boxes do que ainda existe.
Com cerca de 15 anos na liderança da APAVT, Pedro Costa Ferreira considera que não fez mais do que o cumprimento de um dever, que vai incluir com gosto no seu currículo.
“Na verdade, a APAVT foi sempre a prioridade e eu serei apenas mais um presidente que por lá passou, que nunca se vergou aos interesses de ninguém e que construiu uma APAVT financeiramente capaz de não se vergar aos interesses de ninguém, no futuro”.
O jornalista viajou até Macau a convite da APAVT.
