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CIP diz que “não há empresas paradas” e que “a economia real está a funcionar”

Em comunicado, a CIP revela que na generalidade das empresas, as faltas de trabalhadores oscilam entre os 2% e os 3%.
11 Dezembro 2025, 15h14

A CIP – Confederação Empresarial de Portugal fez esta quinta-feira um balanço da greve geral realçando que “não há empresas paradas” e que “a economia real está a funcionar”, destacando que as faltas de trabalhadores oscilam entre os 2% e os 3%.

Em comunicado, Armindo Monteiro, presidente da CIP, revela que dados das associações empresariais mostram que as faltas devem-se mais “a dificuldades com os transportes públicos e ao encerramento de escolas, do que a adesões à greve geral”.

Destaca a confederação empresarial que “a falta de pessoas ao trabalho oscila na maior parte das empresas entre os 2% e os 3%, atingindo os 5%, em casos pontuais”. Esta ronda de contactos efetuados pela CIP abrangeu os setores da grande distribuição, do têxtil, do calçado, da agroindústria, da indústria farmacêutica e da hospitalização privada, indústria química, indústrias extrativas e centros comerciais, entre outros.

Segundo o presidente da CIP, Armindo Monteiro, “verifica-se ao longo do dia de hoje uma divergência entre a imagem transmitida pelo universo mediático, que praticamente só fala de adesões à greve no setor público, e a realidade vivida em todas as regiões do país”.

A CIP detalha que no que diz respeito ao setor do calçado, o impacto da greve “é muito marginal, inferior a 1%: a exceção são duas empresas de capital estrangeiro que registaram taxas de adesão entre os 40% e 50%. Quanto aos resultados apurados pela ATP – Associação Têxtil e Vestuário de Portugal, “98% das empresas tiveram zero adesões à greve”. Nas restantes 2%, “as taxas de adesão variam entre 5 a 10% dos trabalhadores”.

A AFIA – Associação de Fabricantes para a Indústria Automóvel fala de um impacto direto na ordem dos 5%, sublinhando que parte dessa adesão está relacionada com dificuldades logísticas. A FIPA – Federação das Indústrias Portuguesas Agroalimentares fala de uma adesão residual, abaixo dos 2%.

A APQuímica – Associação Portuguesa da Química, Petroquímica e Refinação informou, por seu lado, que há “menos de 3% de empresas afetadas, no geral de menor dimensão e que não trabalham cadeias de valor essenciais”. Segundo a APQuímica, a pequena quantidade de trabalhadores a faltar “não implicou qualquer tipo de paragem”. O balanço é “impacto nulo, ou quase nulo”.

“A grande distribuição também registou pouquíssimas faltas de trabalhadores nos supermercados. A Mercadona informou mesmo que se verifica “um zero técnico de adesão à greve: tudo a funcionar com normalidade”, realça a CIP.

A Associação Portuguesa de Centros Comerciais reportou que, no seu universo, apenas registou o encerramento de uma Loja do Cidadão devido à greve na Função Pública. A APIGRAF – Associação Portuguesa das Indústrias Gráficas, de Embalagem e de Comunicação Digital registou zero adesões na maioria das empresas que representa, à exceção de uma, a qual teve 10% de adesão à greve geral.

A Associação Portuguesa da Indústria dos Recursos Minerais (Assimagra) assinala que “no setor dos recursos minerais não temos registo por parte dos nossos associados de qualquer impacto da greve no normal funcionamento das empresas”. Também no setor segurador a adesão se revelou “muito pouco expressiva”.


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