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Governo acusa PSD de “falta de pudor” sobre a operação da TAP no Porto

A distrital do PSD do Porto acusou hoje o executivo de falta de investimento no aeroporto do Porto.
David McNew/REUTERS
3 Fevereiro 2017, 09h50

O governo considerou “uma total falta de pudor as declarações” do PSD, de esta quinta-feira, sobre a falta de investimento no aeroporto Sá-Carneiro, acusando os sociais-democratas de terem diminuído o investimento na anterior legislatura, em comunicado divulgado pelo gabinete do ministro do Planeamento e Infraestruturas.

A distrital do PSD do Porto acusou o executivo de falta de investimento no aeroporto do Porto, manifestando “a sua adesão e apoio às posições recentemente tornadas públicas por diversas personalidades e instituições quanto à erosão que, de forma gratuita e premeditada, tem vindo a ser levada a cabo quanto à capacidade de oferta de serviços na região Norte e do aeroporto Francisco Sá Carneiro, em particular”, noticiou a Lusa.

O governo rebateu as acusações. “São, por isso, de uma total falta de pudor as declarações produzidas hoje pelo PSD, sobre uma alegada falta de investimento da companhia naquela infraestrutura, quando foi precisamente durante o Governo liderado por esse partido que a TAP perdeu passageiros no Porto”.

A polémica vem no seguimento da notícia do Jornal de Notícias, segundo a qual os preços praticados para voos de longo curso pela transportadora aérea nacional são mais caros a partir de Portugal do que de Espanha. Segundo o diário, para o mesmo destino, fica mais barato viajar de Vigo do que de Lisboa.

“A TAP não pode argumentar ter uma política comercial privada, quando tem capitais públicos”, defendeu o presidente da Associação Empresarial de Portugal, Paulo Nunes de Almeira em declarações ao JN. “E o Governo não pode lavar as mãos e dizer não interfere na gestão quando está em causa o interesse público”.

O Ministério do Planeamento e das Infraestruturas esclarece que o número de passageiros transportados pela TAP, no último ano, no aeroporto do Porto cresceu 1,8%.

Este crescimento “levou a empresa a subir da terceira para a segunda posição no ‘ranking’ das transportadoras aéreas a operar naquele aeroporto”, refere o Ministério, em comunicado.

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