A Agência Europeia do Medicamento (EMA) fez saber esta sexta-feira que está a rever uma possível ligação da vacina da Johnson & Johnson com a ocorrência de coágulos atípicos, tal como sucedeu com o fármaco da AstraZeneca. Ainda assim, e ao contrário do caso da farmacêutica anglo-sueca, este trata-se meramente de um procedimento formal.
A EMA reporta, ainda assim e de acordo com a Janssen, a unidade da Johnson & Johnson responsável pelo desenvolvimento desta vacina, quatro casos de coágulos raros em pessoas com uma baixa contagem de plaquetas, tendo um destes resultado em morte.
Adicionalmente, a vacina da AstraZeneca foi associada a cinco casos de síndrome de extravasamento capilar sistémico, uma condição rara na qual ocorrem derramamentos dos vasos mais pequenos para os músculos.
Contactadas pela Reuters, nenhuma das farmacêuticas quis comentar o caso.
Em Portugal, a vacina da AstraZeneca passou a ser recomendada apenas para pessoas com mais de 60 anos, anunciou esta quinta-feira a Direção-Geral da Saúde (DGS), juntamente com o Infarmed e a task-force do plano de vacinação contra a Covid-19. Estas entidades haviam convocado a conferência sinalizando já que abordaria a utilização do fármaco desenvolvido pela AstraZeneca, dadas as indicações europeias de que esta poderá causar coágulos atípicos.
“O plano de vacinação é ajustado para garantir que todas as pessoas serão vacinadas com a vacina que protege e é segura de acordo com os grupos prioritários definidos, minimizando eventuais riscos”, referiu Graça Freitas.
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