O relatório de monitorização da Covid-19 da Direção Geral da Saúde (DGS) em conjunto com o Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA) indica que a incidência e mortalidade, embora elevadas, apresentam uma tendência decrescente.
“A epidemia de COVID-19 mantém uma incidência muito elevada, embora com tendência decrescente. O impacto nos internamentos apresenta uma inversão da tendência crescente observada anteriormente. A mortalidade específica por COVID-19 apresenta uma possível inversão da tendência, para decrescente, ainda com impacto elevado na mortalidade geral”, aponta o relatório.
Relativamente aos internados em cuidados intensivos “no continente revelou uma tendência decrescente, correspondendo a 33,3% (no período anterior em análise foi de 38,4%) do valor crítico definido de 255 camas ocupadas”.
“A razão entre o número de pessoas internadas e infetadas foi de 0,12, com tendência crescente, indicando uma menor gravidade da infeção, à semelhança do observado desde o início de 2022”, refere o relatório.
Quanto à linhagem BA.5 da variante Ómicron esta continua “a ser claramente dominante em Portugal, apresentando uma frequência relativa estimada de 88% na semana 23 (06/06/2022 a 12/06/2022)”. “Esta linhagem tem revelado uma maior capacidade de transmissão, a qual é potencialmente mediada por mutações adicionais com impacto na entrada do vírus nas células humanas e/ou pela sua capacidade de evasão à resposta imunitária”, destaca a DGS e o INSA.
Segundo a DGS e o INSA “é expectável a manutenção da diminuição da procura de cuidados de saúde. Deve ser mantida a vigilância da situação epidemiológica da COVID-19, recomendando-se fortemente o reforço das medidas de proteção individual, a vacinação de reforço e a comunicação frequente destas medidas à população”.
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