A AMRR – Associação de Marcas de Retalho e Restauração considera que o passado fim de semana (dias 14 e 15 de novembro” foi “catastrófico” para o setor devido às regras restritivas impostas pelo novo Estado de Emergência, com perdas de 76% no retalho e restauração.
“A Associação de Marcas de Retalho e Restauração (AMRR) acaba de divulgar os dados do seu mais recente Observatório sobre as vendas do primeiro fim-de-semana com recolher obrigatório do mais recente Estado de Emergência. Dados apontam para perdas de 75,9%”, destaca um comunicado desta associação.
Segundo essa nota, “terminou ontem [dia 15 de novembro] o primeiro fim-de-semana com recolher obrigatório entre as 13h e as 5h em 114 concelhos do país, decretado pelo Governo ao abrigo do mais recente Estado de Emergência e, segundo os dados recolhidos junto das mais de 3.500 lojas associadas da AMRR, as perdas são vertiginosas, acima dos 70%”.
“Embora as medidas decretadas tenham afetado mais os municípios com recolher obrigatório, as perdas superiores ao habitual foram sentidas em todos. A AMRR teme assim que, no próximo fim-de-semana, com o aumento para 191 dos concelhos com recolher obrigatório, as perdas sejam ainda mais elevadas, adiantando que há já muitos lojistas a pensarem se valerá a pena abrir portas”, alerta a associação.
“Foi um fim-de-semana catastrófico para o retalho e restauração, que vem fragilizar ainda mais as empresas destes setores. Recordo que são mais de 375.000 empregos suportados por estas indústrias e, sem apoios concretos e decisivos, e ainda sem nos deixarem abrir as portas para trabalharmos, muitas serão obrigadas a fechar portas e a mandar pessoas para o desemprego”, afirma Miguel Pina Martins, presidente da AMRR.
Para este responsável, “estamos a aproximarmo-nos do Natal, altura em que muitos portugueses querem estar com as suas famílias, pelo que compreendemos o esforço feito em controlar a pandemia nesta fase”.
“Mas é preciso olhar para as medidas com muito cuidado, uma vez que a redução de horários de funcionamento de lojas e restaurantes leva inevitavelmente a maiores concentrações e aglomerados no curto espaço de tempo em que estão abertas. Ao contrário do que está a ser feito, um horário mais alargado permite um fluxo de pessoas mais espaçado no tempo, para que todos possam visitar as suas lojas e restaurantes com maior segurança”, refere o presidente da AMRR.
Para concluir, Miguel Pina Martins afirma que “o tema das rendas é essencial”.
“O que pretendemos é que haja justa e equitativa repartição de sacrifícios. Estamos certos que os partidos políticos não se deixarão condicionar por pressões dos grandes fundos imobiliários e adotarão, em sede de discussão da Assembleia da República, a posição patriótica e que melhor defende a economia e o emprego, permitindo a manutenção de milhares de postos de trabalho”, advoga o presidente da AMRR.
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