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Confederações europeias para a futura presidência portuguesa da UE pedem que se apoie a recuperação das empresas

Para o presidente da BusinessEurope, Pierre Gattaz, é imperial que se construa uma União Europeia “resiliente, social, digital, verde e global”, condições que considera serem fundamentais para manter as empresas “competitivas”.
27 Novembro 2020, 12h41

O conselho de presidentes da BusinessEurope reuniu virtualmente em Lisboa a convite do presidente da Confederação Empresarial de Portugal (CIP) para discutir as prioridades da futura presidência portuguesa da União Europeia (UE). Os presidentes e diretores gerais das 40 federações nacionais pediram que “se apoie a recuperação das empresas e se proteja os trabalhadores”.

Para o presidente da BusinessEurope, Pierre Gattaz, é imperial que se construa uma União Europeia “resiliente, social, digital, verde e global”, condições que considera serem fundamentais para manter as empresas “competitivas”.

“É mais importante do que nunca evitar a imposição de novos custos e obrigações que prejudiquem a sua recuperação. Instamos todos os Estados-membros a adotarem o pacote de recuperação europeu sem demora. Não é hora de jogos políticos”, alerta Gattaz.

Pierre Gattaz acrescenta que “é hora de cumprir o compromisso encontrado para o bem comum de todos os Estados-membros. Garantir que os requisitos básicos do Estado de Direito são respeitados é necessário para o bom funcionamento das economias de mercado e é do interesse de todos os Estados-membros”.

Por sua vez, o presidente da CIP, António Saraiva, afirma que a principal prioridade é garantir “um acordo sobre o Quadro Financeiro Plurianual e o UE Next Generation”. Saraiva acrescenta que “os fundos da UE devem ser canalizados para a economia real sem mais atrasos. Os nossos principais concorrentes estão a fazer todos os esforços possíveis para apoiar as suas economias. É hora de finalizar o acordo, a UE não pode correr o risco de ficar para trás”.

Ainda assim, a CIP deixa o aviso aos estados-membros que deverão estar preparados para tirar o máximo proveito destas oportunidades. Sublinham que “os Planos Nacionais de Recuperação e Resiliência devem concentrar-se em projetos que possam fortalecer as capacidades estruturais e reforçar a competitividade a médio e longo prazo. O envolvimento dos parceiros sociais nacionais será fundamental para garantir o seu sucesso”.

Por fim, a CIP diz concordar com os objetivos gerais delineados para a presidência portuguesa da UE. Afirmam que “não devemos fugir a uma agenda ambiciosa a nível europeu. Mas essa ambição deve ser coadunada com a realidade. Somente com empresas robustas seremos capazes de alcançar uma recuperação sustentável e inclusiva”.

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